Frente quer resgatar programa do cartão SUS nacional

Deputados integrantes da Frente Parlamentar da Saúde estiveram reunidos, nesta terça-feira (20/04/04), para discutir ...

20/04/2004 - 00:00
 

Frente quer resgatar programa do cartão SUS nacional

Deputados integrantes da Frente Parlamentar da Saúde estiveram reunidos, nesta terça-feira (20/04/04), para discutir os problemas da assistência à saúde no Estado, incluindo a não implementação do programa "cartão nacional do SUS", iniciado em 2001 pelo governo federal e paralisado pouco tempo depois, por falta do software que operaria o sistema. O presidente da frente, deputado Fahim Sawan (PSDB), pediu o empenho dos outros parlamentares para que o assunto seja levado ao Congresso. Na opinião de Fahim Sawan, o cartão representaria um salto na qualidade do atendimento prestado ao cidadão e também ajudaria os municípios a gerenciarem melhor a saúde.

"Algumas cidades fizeram o cadastramento e estão dispostas a bancar a instalação do programa, mas isso não resolve, pois perde-se o caráter universal do cartão", enfatizou o presidente da frente. Segundo Fahim, pela proposta original lançada pelo então ministro da Saúde, José Serra, o cartão SUS funcionaria como um "prontuário eletrônico", armazenando ali todas as informações sobre o paciente. Isso evitaria a repetição de exames e procedimentos desnecessários a cada vez que a pessoa utilizasse o serviço, mesmo que estivesse em uma cidade diferente. O deputado informou que em Uberaba, onde ele foi secretário municipal de saúde, os cartões estão guardados na secretaria, à espera da chegada das máquinas e do programa de computador que o colocaria em funcionamento.

Frente visitará secretários de Estado na próxima semana

Além dos deputados Fahim Sawan, Neider Moreira (PPS), Luiz Humberto Carneiro (PSDB), Doutor Ronaldo (PDT) e Doutor Viana (PFL), também participaram da reunião a promotora de Justiça de Defesa da Saúde, Josely Ramos, e o presidente do Colegiado dos Secretários Municipais de Saúde (Cosems/MG), Luis Felipe Caram. A promotora ressaltou que o maior problema do SUS atualmente é a falta de recursos financeiros, agravada pela má gestão dos recursos. Segundo ela, a possibilidade de redução da verba destinada à saúde pelo Estado, este ano, torna o quadro caótico. "Ouvimos falar numa redução da ordem de 160 milhões de reais, já oficiamos o secretário da Fazenda, Fuad Noman, para saber se isso é verdade", informou. Josely Ramos disse que o Ministério Público pode entrar com uma Ação Civil Pública contra o Estado, se for confirmada a redução dos investimentos em saúde.

O deputado Fahim Sawan garantiu que a Frente Parlamentar da Saúde vai fazer o possível para que os cortes no orçamento não afetem ainda mais o setor. Os deputados da frente vão procurar os secretários de Estado do Planejamento e da Fazenda, na próxima semana, para saber qual a real situação dos recursos que devem ser investidos na saúde. A reunião ainda depende da agenda dos secretários mas, segundo Fahim Sawan, deve acontecer na quarta-feira (28).

 

 

 

 

 

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