Assembléia vota mais dois vetos na manhã desta quarta (14)

A Assembléia Legislativa de Minas Gerais rejeitou, na Reunião Extraordinária da manhã desta quarta-feira (14/4/04), o...

14/04/2004 - 00:00
 

Assembléia vota mais dois vetos na manhã desta quarta (14)

A Assembléia Legislativa de Minas Gerais rejeitou, na Reunião Extraordinária da manhã desta quarta-feira (14/4/04), o Veto Total à Proposição de Lei 15.927, que trata do pagamento de militares, servidores públicos e pensionistas da administração direta e indireta do Estado. O veto foi derrubado por 46 votos a 4 e a proposição será novamente enviada ao governador, para promulgação. O veto aos parágrafos 1º e 2º do artigo 1º dessa proposição, que tiveram votação destacada, foram mantidos por 34 a 13. Outra matéria votada foi o Veto Parcial à Proposição de Lei 15.928, que trata da responsabilidade social na gestão pública estadual. O veto aos artigos 7º, 11 e 14 foi mantido, por 29 a 10. Já o veto ao artigo 13 foi rejeitado por 48 a 1.

Ex-Projeto de Lei 850/03, do deputado Domingos Sávio (PSDB), a Proposição de Lei 15.927 inclui outras cooperativas de crédito, inclusive as de crédito rural, entre as previstas pela Lei 13.722, de 2000, que permite aos servidores optar pelo recebimento de seus vencimentos integrais, remuneração, proventos e pensões por intermédio de cooperativas de economia e crédito mútuo. O parágrafo 1º do artigo 1º, cujo veto foi mantido, determinava que a opção pelo recebimento via cooperativa ou instituição bancária fosse feita mediante requerimento formal ao órgão a que é ligado o servidor; e o parágrafo 2º, também com veto mantido, permitia à administração pública não conceder a referida opção, em caso de os contratos firmados e as normas relativas ao procedimento licitatório não seguissem o interesse público, exceto na hipótese de indicação de cooperativa de crédito.

A justificativa do governador para manter o veto a tais dispositivos é de que "não é compreensível o final do parágrafo 2º da proposição, que veda o indeferimento da opção quando se tratar de cooperativa de crédito". Quanto ao veto à proposição como um todo, o governador argumentou que a mudança aumentaria os custos operacionais, comprometendo a eficiência a eficiência da administração. A Comissão Especial criada para opinar sobre o veto havia opinado por sua rejeição.

Matéria trata de responsabilidade social

Originada do PL 898/03, do deputado Antônio Carlos Andrada (PSDB), a Proposição de Lei 15.928 dispõe sobre a responsabilidade social na gestão pública estadual e teve três vetos a artigos mantidos e outro rejeitado, o artigo 13, que estabelece prazo de 90 dias para a regulamentação da lei, a partir da data de sua publicação. A Proposição de Lei 15.928 altera a Lei 14.172, de 2002, que cria o Índice Mineiro de Índice Mineiro de Responsabilidade Social. A parte que não havia sido vetada já se transformou na Lei 15.011, de 2004.

Dos três dispositivos com vetos mantidos, o artigo 7º diz respeito a metas de melhoria do Índice Mineiro de Responsabilidade Social (já que, segundo o governador, o PPAG e o Orçamento são de iniciativa privativa do chefe do Executivo). O artigo 11 estabelece que os requerimentos dirigidos à administração pública pedindo providências ou informações sobre a destinação de recursos públicos, fiscalização, publicidade de atos públicos e ética, mesmo que elaborados pelo cidadão comum, serão publicados no órgão oficial de imprensa do Estado, na seção relativa ao órgão ao qual foram dirigidos, até 72 horas após o seu recebimento. Já o artigo 14 estabelece que a lei entra em vigor na data de sua publicação.

Gtech - Ao usar a palavra pela ordem, o deputado Alencar da Silveira Jr. (PDT) se manifestou sobre o relatório feito pela Auditoria-Geral do Estado e o Ministério Público estadual pedindo a suspensão do contrato entre a Gtech e a Loteria Mineira. O deputado afirmou temer a condução política do caso por parte do Ministério Público, que sugeriu, entre outros itens, a inclusão da Loteria no sistema de Conta Única do Estado. Sobre esse assunto, os deputados Rogério Correia e André Quintão, ambos do PT, afirmaram que será importante que o relatório seja encaminhado à Assembléia Legislativa.

Patrus Ananias - Durante a reunião, o presidente da Assembléia, deputado Mauri Torres (PSDB), informou sobre o cancelamento da visita do ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Patrus Ananias, à Casa. A visita estava programada para a primeira parte da Reunião Ordinária desta quarta-feira (14).

 

Responsável pela informação: Assessoria de Comunicação - 31 - 3290 7715