Plenário vota mais quatro vetos na noite desta terça-feira (13)

Quatro vetos do governador - às proposições de lei 15.784, 15.843, 15.852 e 15.925 - foram votados na reunião extraor...

13/04/2004 - 00:01
 

Plenário vota mais quatro vetos na noite desta terça-feira (13)

Quatro vetos do governador - às proposições de lei 15.784, 15.843, 15.852 e 15.925 - foram votados na reunião extraordinária do Plenário na noite desta terça-feira (13/4/04). O Veto Total à Proposição de Lei 15.784 foi mantido com 36 votos favoráveis e nove contrários. A proposição, originada de projeto do deputado Durval Ângelo (PT), torna obrigatória a afixação de cartazes em restaurantes, lanchonetes e similares contendo os valores calóricos dos alimentos ali servidos e tabela sobre a quantidade ideal para a saúde humana.

O governador considerou a proposição contrária ao interesse público. Na mensagem enviada à Assembléia, ele argumentou, ainda, que o universo de alimentos oferecidos nesses estabelecimentos inviabiliza a confecção do cartaz, uma vez que a pedido dos fregueses os acompanhamentos podem ser trocados. Além disso, o Executivo considerou um fator complicador a tabela indicativa do consumo diário de calorias por sexo e idade, porque todas as idades teriam que figurar na tabela e não se pode generalizar o consumo ideal de cada um.

IPVA - Também foi mantido com 46 votos favoráveis, três contrários e um em branco, o Veto Parcial à Proposição de Lei 15.852, que dispõe sobre o Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA). O dispositivo vetado estabelece a alíquota de IPVA de 1% para ônibus, microônibus e furgão com autorização para transporte público suplementar. Na justificativa do veto, a Secretaria de Estado da Fazenda diz que a matéria já foi disciplinada nos incisos II (3% para caminhonete de carga picape e furgão) e IV (1% para ônibus, microônibus, caminhão, caminhão-trator e aeronave), e que o veículo da espécie furgão seria impróprio para o transporte coletivo de passageiros.

Veto à proposição sobre rios de preservação permanente é rejeitado

O Plenário rejeitou o Veto Total à Proposição de Lei 15.843, com 47 votos "não", três "sim" e um em branco. Foi mantido com 35 votos favoráveis e 14 contrários somente o veto ao artigo 4º. A proposição, originada de projeto do deputado Sebastião Helvécio (PDT), dispõe sobre os rios de preservação permanente. O artigo 4º atribui ao Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam) competência para definir os usos das águas dos rios de preservação permanente, desconsiderando as atribuições dos organismos integrantes do Sistema Estadual de Gerenciamento dos Recursos Hídricos e os comitês de bacia hidrográfica atuantes na região.

O governador justificou o veto afirmando que um dos principais instrumentos da política de gestão do uso múltiplo das águas são os Planos Diretores de Recursos Hídricos de Bacias Hidrográficas, que exigem um planejamento socioeconômico e ambiental dessas bacias, através de estudos técnicos de cada uma delas. Ele considerou ainda inconveniente ao interesse público alterar a legislação vigente antes da finalização do planejamento em curso no Sistema Estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável e em outros órgãos da Administração Pública Estadual. Os deputados entenderam, no entanto, que a declaração de um curso d'água como rio de preservação permanente não é incompatível com a elaboração do plano diretor da bacia hidrográfica à qual pertence.

Educação Física - O Veto Parcial à Proposição de Lei 15.925 também foi rejeitado com 40 votos "não" e 11 "sim". A proposição, originada de projeto do deputado Antônio Carlos Andrada (PSDB), dispõe sobre a prática de Educação Física nas escolas da rede pública estadual. O governador vetou os artigos 3º e 4º, sob o argumento de que a matéria é de iniciativa privativa do chefe do Poder Executivo, já que se referem à designação de regente de Educação Física.

 

 

 

 

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