Cooperativas poderão participar de licitações

As cooperativas mineiras poderão participar de licitações para a compra de bens e serviços pelo governo do Estado. Es...

05/04/2004 - 00:00
 

Cooperativas poderão participar de licitações

As cooperativas mineiras poderão participar de licitações para a compra de bens e serviços pelo governo do Estado. Esta é uma das novidades da Lei Estadual de Apoio ao Cooperativismo, que foi sancionada na tarde desta segunda-feira (5/4/04) pelo governador Aécio Neves. A solenidade no Palácio da Liberdade contou com a presença de 18 deputados que integram a Frente Parlamentar de Defesa do Cooperativismo, além do ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, e várias outras autoridades. A lei deve ser publicada no Minas Gerais desta terça-feira (6) e o governador terá 30 dias para fazer a sua regulamentação a partir dessa data.

Depois do Rio Grande do Sul, Minas Gerais é o segundo Estado a elaborar lei desse gênero no Brasil. Outra novidade introduzida pela nova lei é a criação de um Fundo de Apoio ao Cooperativismo, que vai financiar atividades de capacitação e assistência técnica para melhorar a gestão do sistema e fomentar projetos de desenvolvimento sustentável do cooperativismo. Esse fundo será fiscalizado pelo Conselho Estadual do Cooperativismo (Cecoop), que será responsável também pela coordenação de políticas de apoio ao setor. O Cecoop será composto por representantes do governo e da Organização das Cooperativas de Minas Gerais (Ocemg), e ficará subordinado à Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social e Esportes.

O texto também dispõe que o Estado "definirá medidas visando a isentar do pagamento de tributos as operações realizadas entre cooperativas" e, ainda, que o poder público "fará esforços para autorizar as cooperativas de crédito a realizarem arrecadação de impostos". As cooperativas de crédito também poderão ser utilizadas para os servidores públicos estaduais receberem seus salários. Além disso, a lei prevê a adoção de regime simplificado para o registro de cooperativas na Junta Comercial do Estado, e, ainda, que as escolas de ensino médio terão que incluir em seus currículos conteúdos e atividades relacionadas ao cooperativismo.

Autoridades defendem a nova lei

A inclusão do cooperativismo na grade curricular das escolas estaduais foi o ponto enfatizado pelo deputado Paulo Piau (PP), presidente da Frente Parlamentar do Cooperativismo, autora do PL 273/03, que deu origem à lei. "Cerca de 35% da população dos Estados Unidos é cooperativada, contra 4% no Brasil. Existe uma relação direta entre desenvolvimento e cooperativismo. Por isso, acho que essa lei vai estimular o desenvolvimento econômico e social de Minas Gerais", acredita o deputado.

O ensino de conteúdos relacionados ao cooperativismo também foi destacado pelo governador Aécio Neves. "A nova geração de mineiros será educada com a cultura do cooperativismo, por isso, acho que essa lei vai transformar a realidade do Estado", disse. Já o ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, que já presidiu a Aliança Cooperativa Internacional, lembrou a importância econômica do setor e também acredita que a lei vai dar melhores condições para o desenvolvimento do cooperativismo.

Em todo o Brasil, existem 7.355 cooperativas, com 5,7 milhões de associados e 182 mil empregados. Em Minas, são cerca de 800 cooperativas, com aproximadamente um milhão de associados e mais de 30 mil empregados. O faturamento anual do setor no Estado está estimado em R$ 5,4 bilhões, segundo a Ocemg.

 

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