Parlamentar comenta suspensão de programa social
Durante a Reunião Ordinária de Plenário desta
quinta-feira (1o/4/2004), o deputado Miguel Martini (PSB)
ocupou a tribuna para responder a uma denúncia, feita pelo deputado
André Quintão (PT), de que o governo do Estado suspendeu a concessão
de bolsas do Programa Bolsa Familiar para Educação para 12.600
famílias dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri. Martini procurou
explicar que a medida faz parte da unificação dos programas sociais
proposta pelo governo federal em outubro do ano passado. Com essa
unificação, a União se responsabilizaria pelo Bolsa-Escola e os
governos estaduais cumpririam uma agenda complementar. Entre os
programas desenvolvidos pelo governo de Minas, o deputado citou
projetos de saneamento básico, melhoria dos ensinos médio e
fundamental e inclusão digital. Em aparte, André Quintão afirmou
que, nas negociações com a União, o governo mineiro se comprometeu a
cadastrar as famílias atendidas pelo Estado e encaminhá-las para o
Bolsa-Escola federal para que elas pudessem continuar a receber o
benefício, o que não teria sido feito até agora.
Ciúmes da oposição - O deputado Rogério
Correia (PT) fez uma avaliação do primeiro ano do governo Lula,
citando conquistas como a redução do risco-Brasil e a estabilização
do dólar abaixo dos R$ 3, que trouxeram estabilidade econômica ao
País. Ele lembrou ainda a altivez na política externa, privilegiando
o Mercosul e os interesses latino-americanos na Área de Livre
Comércio das Américas (Alca), além da aproximação econômica de
países como Índia, China e nações árabes. Segundo Correia, esses
avanços causaram ciúmes em setores da oposição, que estariam usando
o caso Waldomiro Diniz para tentar desestabilizar o governo.
Felizmente, afirmou, a descoberta de uma nova fita que mostra um
sub-procurador do Ministério Público revelando sua intenção de
derrubar o presidente Lula está começando a trazer a verdade à tona.
Em aparte, a deputada Marília Campos (PT) disse que a manobra da
oposição tem o objetivo de impor ao PT uma derrota nas próximas
eleições. "Parece que esqueceram que o passado golpista foi muito
prejudicial ao País", concluiu Correia.
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