Entidades propõem temas para ciclo de debates sobre o cerrado
Na segunda reunião preparatória para o ciclo de
debates sobre o cerrado, realizada nesta quinta-feira
(1o/4/2004), os participantes apresentaram sugestões de
temas e enfoques, além de nomes de expositores. O evento, que será
realizado nos dias 14 e 15 de junho, tem o objetivo de levantar
subsídios para que, através de ações legislativas e executivas para
o setor, o cerrado mineiro possa ser usado de forma sustentável.
Apesar de não estar ainda fechada a programação, foram sugeridos
alguns temas básicos: diagnóstico econômico, ambiental e social da
região do cerrado; pontos de estrangulamento para o desenvolvimento
sustentável da região (identificação e priorização); estratégias
para a sustentabilidade (a serem discutidas nos grupos de trabalho);
e plano operacional.
Também na reunião foi formada uma comissão
provisória encarregada de formatar a programação, definir
expositores e contatá-los. A comissão foi formada por diversas
entidades, como Instituto Estadual de Florestas (IEF), Embrapa,
Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento,
Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetaemg), Universidade
Federal de Uberlândia, Emater e Associação Mineira de Defesa do
Ambiente (Amda). A próxima reunião dessa comissão foi marcada para a
próxima terça-feira (6), no 18º andar do Edifício Tiradentes. Já o
encontro geral com todas as entidades que preparam o evento será na
quinta-feira (15). Além das entidades que compõem a comissão
provisória, participaram da reunião desta terça-feira representantes
do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Rio Pardo de Minas e do
Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam).
Segundo o deputado Ricardo Duarte (PT), autor do
requerimento pelo ciclo de debates, o cerrado é o segundo maior
bioma do país, ocupando perto de 25% da área total. Berço de uma das
maiores biodiversidades do mundo, o cerrado já teve mais de metade
da sua área destruída. Duarte afirma que, se o ritmo da expansão das
atividades econômicas não for reduzido até 2015, o cerrado vai
desaparecer. A maior parte desse tipo de vegetação foi destruída nas
últimas décadas para a ampliação da agricultura, principalmente das
culturas de soja, café e cana-de-açúcar.
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