Exposição retrata 21 anos de ditadura militar
Repressão, censura, milagre econômico,
tricampeonato de futebol, efervescência cultural: os principais
fatos que marcaram duas décadas de ditadura militar podem ser
conferidos na exposição 1964-1985: A subversão do
esquecimento, que foi aberta nesta quarta-feira (31/3/04), logo
após o Ciclo de Debates Resistir sempre - 64 nunca mais. A
mostra, em cartaz na galeria de arte da Assembléia até o dia 16 de
abril, pode ser vista de segunda a sexta-feira, das 9 às 19 horas.
Escolas podem agendar visitas orientadas pelos telefones (31)
3290-7804 e 3290-7805.
O objetivo é dar às novas gerações a oportunidade
de entender melhor o que a ditadura significou para os brasileiros e
para a vida do país, como ressaltou o deputado Durval Ângelo (PT) na
abertura da exposição. "Os 21 anos de ditadura representaram muitas
décadas de atraso para o Brasil. Não podemos permitir que as
gerações pós-64 tenham a memória desses fatos esquecida e tampouco
que a democracia seja mais uma vez subtraída", disse. A exposição
foi aberta pelo 1o vice-presidente da Assembléia,
deputado Rêmolo Aloise (PFL).
A mostra é dividida em quatro ambientes, que
retratam fases distintas: início dos anos 60 (o contexto político
dos fatos que antecederam o golpe); 1964-1968 (o golpe militar e os
primeiros anos de ditadura); 1969-1974 (o recrudescimento da
repressão aos opositores do regime); e 1975-1985 (a distensão e os
anos finais da ditadura). Textos explicam os principais
acontecimentos políticos do regime militar, que são ilustrados por
fotos históricas, objetos diversos e até roupas da época, além de
charges de Henfil, Ziraldo e Lor. Tudo ao som de músicas que
marcaram as diversas fases retratadas na mostra, como Pra não
dizer que não falei das flores, Cálice e Geração
Coca-Cola. A efervescência cultural do período também é
retratada com referências às principais manifestações artísticas da
época no teatro e no cinema.
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