Dois indicados para Conselho de Educação recebem parecer favorável

Dois indicados para compor o Conselho Estadual de Educação receberam, nesta terça-feira (30/3/2004), parecer favoráve...

30/03/2004 - 00:00
 

Dois indicados para Conselho de Educação recebem parecer favorável

Dois indicados para compor o Conselho Estadual de Educação receberam, nesta terça-feira (30/3/2004), parecer favorável da comissão especial da Assembléia Legislativa criada para analisá-los. Os nomes dos professores Paulo José de Araújo e Stéfano Barra Gazzola seguem agora para votação em Plenário, que decide se eles estão aptos a exercerem o cargo de conselheiros.

O pró-reitor administrativo-financeiro da Universidade Presidente Antônio Carlos (Unipac), Paulo José de Araújo, defendeu a atuação das universidades particulares, que segundo ele, vêm conseguindo atender à demanda por ensino superior no Brasil, já que as universidades públicas não conseguem ampliar o número de vagas. "Universidade gratuita não existe. Nossas universidades federais não têm dinheiro nem para pagar contas de água e telefone, imagine para investir em ensino, pesquisa e extensão", afirmou.

Paulo José de Araújo criticou duramente as universidades do Rio de Janeiro e São Paulo que vêm instalando unidades em Minas Gerais. Para ele, muitas dessas faculdades cobram mensalidades irrisórias e não têm condições de oferecer ensino de qualidade. Essa concorrência poderia, segundo ele, prejudicar as universidades mineiras, que teriam dificuldades de abaixar os preços das mensalidades porque investem na qualidade do ensino.

"Meu trabalho no Conselho de Educação seria procurar saber por que essas universidades estão vindo para Minas Gerais. O conselho tem que assumir seu papel na fiscalização da qualidade do ensino, principalmente no caso dessas universidades que acabam de se instalar no Estado", disse, respondendo a questionamentos dos deputados Dalmo Ribeiro Silva (PSDB), presidente e relator da comissão, e Weliton Prado (PT), Ivair Nogueira (PMDB), Leonídio Bouças e Dilzon Melo, ambos do PTB.

Novo papel da universidade

Já o presidente da Fundação de Ensino e Pesquisa do Sul de Minas, unidade da Universidade Estadual de Minas Gerais em Varginha, Stéfano Barra Gazzola, disse que é preciso pensar na redefinição do papel da universidade. "A universidade precisa ter coragem de quebrar os muros e fazer pesquisa que leve ao desenvolvimento da comunidade, ao mesmo tempo em que ofereça ensino de qualidade", defendeu.

Gazzola também criticou o programa de financiamento estudantil do governo federal, que segundo ele, não atende à demanda dos alunos mais carentes. "A quantidade de recursos liberada é muito pequena, o que leva os alunos a uma disputa desleal para conseguir o financiamento. O resultado disso é que as instituições particulares estão excluindo os alunos que não têm condições de pagar, o que é uma coisa perversa", disse.

O deputado Dalmo Ribeiro Silva pediu a Weliton Prado que o PL 1.075/2003, de sua autoria juntamente com a deputada Maria Tereza Lara (PT), fosse retirado de tramitação. O projeto altera a composição do Conselho Estadual de Educação, que, para os autores, precisa se abrir para a participação de todos os segmentos da sociedade educacional. Weliton Prado afirmou que, dos oito indicados a compor o conselho, quatro são representantes de universidades particulares, e reiterou a necessidade de aprovação do projeto.

Na próxima quinta-feira, às 9h30, a comissão ouve mais dois indicados para o Conselho Estadual de Educação: Miguel Augusto Gonçalves e Marinêz Fulgêncio Murta.

Presenças - Participaram da reunião os deputados Dalmo Ribeiro Silva (PSDB), presidente; Weliton Prado (PT), Ivair Nogueira (PMDB), Leonídio Bouças (PTB), Dilzon Melo (PTB) e Adalclever Lopes (PMDB).

 

 

 

 

 

 

 

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