Comissão vai reivindicar melhorias para escola no
Pindorama
A Comissão de Educação, Cultura, Ciência e
Tecnologia da Assembléia, obteve da secretária adjunta de Educação,
Eliana Novaes, o compromisso de que serão tomadas providências
quanto à Escola Estadual Dr. Lucas Monteiro, no Bairro Pindorama, em
Belo Horizonte. Após uma audiência pública na escola pela manhã, os
deputados Adalclever Lopes (PMDB), presidente da comissão, e Rogério
Correia (PT), autor do requerimento pela reunião, reuniram-se à
tarde com a secretária adjunta. Eliana, que recebeu deles um
documento sobre o mau estado de conservação e problemas de segurança
na escola, informou que serão tomadas duas providências iniciais:
vistoria urgente na escola para verificar os gastos com a reforma e
contato com a Polícia Militar para implantar a Patrulha Escolar no
estabelecimento. Feita a vistoria, a Secretaria definirá se irá
promover a reforma imediata ou ser fará um contrato de comodato com
o proprietário do prédio, que é alugado.
Na audiência, os deputados debateram com
representantes da Secretaria da Educação, pais e lideranças da
comunidade, além de dirigentes, professores e alunos da escola, as
dificuldades da escola estadual. Adalclever Lopes lamentou o não
comparecimento de um dos convidados à reunião - o secretário de
Estado de Defesa Social, Lúcio Urbano, que também não enviou
representante. A discussão, segundo Lopes, além de envolver a
educação, tinha relação com a segurança.
A vereadora de Belo Horizonte Neila Batista (PT),
majoritária na região, disse que o sentimento é de que a escola não
tem importância para o governo estadual, pois há anos a diretoria
cobra solução para os problemas e não consegue sucesso. "O problema
de segurança é grave; o índice de homicídios e assaltos é alto nessa
região. Precisamos de mais policiamento", exigiu ela.
Diretor diz que escola é depredada por
bandidos
O diretor da escola, Ronaldo Pereira da Silva,
lembrou que a reunião era o último recurso para tentar resolver a
questão. "Todos os problemas relatados são do conhecimento da
Secretaria de Educação, que não tem tomado providências, mas o
principal deles é a falta de segurança", afirmou. Segundo ele,
marginais, depois de pular à noite o muro da escola - muito baixo e
cheio de buracos - depredam a escola, que não tem vigias, quebrando
vidros e portas. De acordo com Silva, no último assalto, em 2004, os
bandidos quebraram grades, arrombaram portas, roubaram alumínio de
quadros, 12 computadores e um rádio-gravador, além de terem pichado
o local. Apesar disso, ele ressaltou que a escola, com cerca de dois
mil alunos, tem sucesso pedagógico, com aprovação de 50% dos alunos
no vestibular, bom quadro de professores e uma das melhores
bibliotecas da região.
Secretaria - A diretora da
Superintendência Regional de Ensino da Região Metropolitana, Suzana
de Oliveira Martins, rebateu dizendo que a Secretaria de Educação
não está neglicenciando a questão. Ela respondeu que o governo não
tem colocado vigilantes à noite nas escolas e que a segurança é um
problema geral, mas que encaminharia a demanda ao diretor da
secretaria responsável pela segurança. Outra dificuldade seria que o
prédio da escola é alugado, prejudicando uma reforma grande,
estrutural, e o Estado prioriza escolas com prédio próprio. Suzana
declarou também que, como os recursos eram limitados, a secretaria
tinha que priorizar as mais necessitadas, mas que todas as
reivindicações seriam levadas à secretária de Educação.
Comunidade - Após as
considerações dos convidados, foi aberto espaço para os
representantes da comunidade. Diretores da Associação Comunitária do
Pindorama e bairros vizinhos, pais e alunos queixaram-se das
precárias condições da escola e da ausência de um vigia noturno, que
poderia impedir a ação de bandidos. A aluna Márcia desabafou: "A
escola está 'caindo aos pedaços'. Deste jeito, afundamos cada vez
mais, pois faltam quadros, cadeiras e carteiras".
Presenças - Participaram
da reunião os deputados Adalclever Lopes (PMDB), presidente da
Comissão de Educação; e Rogério Correia (PT).
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