Dois vetos do governador entram na fase de votação

Na Reunião Extraordinária de Plenário da manhã desta quarta-feira (17/3/04) foi encerrada a discussão dos vetos às Pr...

17/03/2004 - 00:02
 

Dois vetos do governador entram na fase de votação

Na Reunião Extraordinária de Plenário da manhã desta quarta-feira (17/3/04) foi encerrada a discussão dos vetos às Proposições de Lei 15.782 e 15.843. O primeiro altera a denominação e o objeto da Companhia Mineradora de Minas Gerais (Comig) e o segundo dispõe sobre os rios de preservação permanente. Ambos passam agora à fase de votação. Além do encerramento da discussão dos vetos, foi encerrada a discussão também dos Projetos de Lei (PL) 679/03, do deputado Leonardo Moreira (PL), e 288/03, do deputado Dinis Pinheiro (PL). O primeiro foi encaminhado à Comissão de Defesa do Consumidor e do Contribuinte, por ter recebido um substitutivo em Plenário, do deputado Dalmo Ribeiro Silva (PSDB).

A Proposição de Lei 15.782 (ex-PL 1.004/04, do governador) altera a denominação e o objeto da Comig, transformando-a em Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig). O projeto deu origem à Lei 14.892, de 2003, mas o governador vetou o artigo 4º e seu parágrafo único. O artigo 4º proibe a Codemig de assumir qualquer obrigação relativa à obra ou serviço de engenharia que implique descontinuidade ou descumprimento de meta física ou cronograma físico-financeiro de obra cujo contrato - celebrado antes da promulgação da lei -, tenha previsto pagamento com recursos da Comig, direta ou indiretamente. O parágrafo único exclui da vedação os casos de recursos transferidos para órgãos da Administração direta ou indireta do Estado. A comissão especial criada para emitir parecer sobre o veto parcial opinou pela sua manutenção.

A Proposição de Lei 15.843 (ex-PL 693/03, do deputado Sebastião Helvécio - PDT), dispõe sobre os rios de preservação permanente. Na justificativa do veto total, o governador alegou que um dos principais instrumentos da política de gestão do uso múltiplo das águas são os Planos Diretores de Recursos Hídricos de Bacias Hidrográficas, que exigem um planejamento socioeconômico e ambiental dessas bacias, através de estudos técnicos de cada uma delas, e que qualquer alteração deve ser feita após a finalização do planejamento em curso no Sistema Estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável e em outros órgãos da Administração Pública Estadual. A comissão especial opinou pela manutenção do veto ao artigo 4º e pela rejeição do veto aos demais dispositivos.

O veto à Proposição de Lei 15.734, que altera a Lei 6.763, de 1975, que consolida a legislação tributária do Estado começou a ser discutido. Da proposição foram vetados os itens 2.40 e 2.41 da Tabela "A" do Anexo I e os itens 5.10 e 5.11 da Tabela "D" do Anexo IV. Tais itens referem-se à cobrança de serviços de informação e cobrança prestados pelo Estado à Federação Nacional de Seguros (Fenaseg), sobre o seguro obrigatório (DPVAT). A Fenaseg é a beneficiária da arrecadação desse tributo. A alteração foi feita pela Assembléia durante a tramitação do projeto de lei. A discussão foi iniciada pelo deputado Biel Rocha (PT), que criticou o veto, afirmando que o Estado deve cobrar pelos serviços que presta, gratuitamente, à Fenaseg. A comissão especial opinou pela manutenção do veto.

Antes de ser iniciada a discussão dos vetos, o Plenário assistiu ao debate entre o líder da oposição, deputado Rogério Correia (PT), e o líder da Maioria, deputado Miguel Martini (PSB), com a participação dos deputados Célio Moreira (PL), Chico Simões (PT) e Domingos Sávio (PSDB), a respeito de ações dos governos federal e estadual.

 

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