Assembléia lança Frente Parlamentar de Defesa das Águas no dia 22
A Assembléia Legislativa de Minas Gerais realiza,
na próxima segunda-feira (22/3/04), às 20 horas, reunião especial de
Plenário para comemorar o Dia Mundial da Água. Quatro entidades
envolvidas em ações de preservação das águas serão homenageadas na
reunião. São elas: a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil
(CNBB), o projeto Manuelzão, o Fórum de Ongs Circuito das Águas e a
entidade Amigo da Água. Na ocasião, também será lançada a Frente
Parlamentar Mineira de Defesa e Preservação das Águas, requerida
pelo deputado Laudelino Augusto (PT). "O objetivo é envolver toda a
sociedade em uma discussão permanente para viabilizar a preservação
da quantidade e da qualidade dos mananciais", afirma o deputado. A
reunião terá apresentações artísticas, incluindo a participação de
um grupo de índios Pataxós.
Laudelino Augusto ressalta que é preciso criar
políticas públicas e privadas de conservação, conscientização e
racionamento, além de se identificar todo ambiente em que predomine
a água, como bacias, aqüíferos, lençóis freáticos, mangues e
estância hidrominerais, evitando que sofram quaisquer danos. Apenas
1% da água do Planeta Terra é doce, e o Brasil possui 12% desse
total. Apesar disso, estima-se que só em São Paulo sejam
desperdiçados dez milhões de litros de água por dia, que poderiam
ser aproveitados por 4,3 milhões de pessoas", analisa o deputado.
Os princípios de atuação da Frente Parlamentar
Mineira de Defesa e Preservação das Águas incluem a defesa da água
como bem público nacional e a luta pela não-privatização de recursos
hídricos, e pelo acesso incondicional de toda a população, preparada
para sua utilização racional, baseada em preceitos ecológicos de
preservação. Também é diretriz da frente a atuação conjunta com a
sociedade, organizações não-governamentais, governamentais, e
profissionais especializados, com o objetivo de exercer ação
fiscalizadora das questões ambientais. "A água é o bem natural mais
importante de que a humanidade dispõe, mas se tornou alvo de
exploração desmedida, irracional e de cunho excessivamente
comercial", considera Laudelino Augusto.
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