Discussão sobre Codemig movimenta reunião extraordinária

A oposição continuou a obstruir a discussão do Veto Parcial à Proposição de Lei 15.782/04, que muda o nome da Companh...

11/03/2004 - 00:01
 

Discussão sobre Codemig movimenta reunião extraordinária

A oposição continuou a obstruir a discussão do Veto Parcial à Proposição de Lei 15.782/04, que muda o nome da Companhia Mineradora de Minas Gerais (Comig) para Companha de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig), na reunião extraordinária do Plenário, na manhã desta quinta-feira (11/3/04). Vetada em seu artigo 4º, a proposição já completou quatro reuniões na pauta do Plenário, na fase de discussão. Com seis, a discussão será encerrada e o veto entra na fase de votação. Após o dia 18 de março, entra na faixa constitucional, com preferência na votação sobre quaisquer outras matérias.

O artigo 4º veda à Codemig assumir qualquer obrigação relativa a obra ou serviço de engenharia que implique descontinuidade ou descumprimento de meta física ou cronograma físico-financeiro de obra cujo contrato, celebrado antes da promulgação da lei, tenha previsto pagamento com recursos da Comig, direta ou indiretamente. O parágrafo único exclui da vedação os casos de recursos transferidos para órgãos da administração direta ou indireta do Estado. Segundo a mensagem, os dispositivos vetados sugerem a vinculação do desempenho da Codemig à solução de eventuais pendências de contratos celebrados antes da vigência da nova lei

A obstrução foi feita pelo deputado Laudelino Augusto (PT), que lembrou que a Codemig vai herdar todos os vícios da Comig, citando, entre eles, os contratos não cumpridos de asfaltamento das estradas de Maria da Fé a Cristina, no Sul de Minas, e de Ouro Preto ao distrito de Cachoeira do Campo. O deputado insistiu na necessidade de se instalar a CPI da Codemig, cujo requerimento foi protocolado em dezembro, com 40 assinaturas.

Laudelino foi aparteado pelo líder da oposição, Rogério Correia (PT), que pediu a investigação não só das atividades da Comig, mas também da Copasa, que segundo ele, "estaria promovendo o mesmo esquema de fraudes utilizadas no passado pela Comig". Também falaram os deputados Sebastião Navarro Vieira (PFL) e Chico Simões (PT), o primeiro explicando como funcionava a parceria entre a Comig, empreiteiras e prefeituras; e o segundo mostrando sua disposição de ir à Justiça contra contratos da Copasa com a prefeitura de Coronel Fabriciano, no Vale do Aço.

A reunião foi encerrada após verificação de quórum e depois de desentendimentos entre o líder do PSDB, deputado Antônio Carlos Andrada, e o líder do PT/PCdoB, Rogério Correia, sobre o Regimento Interno.

 

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