Cipe discute programa de despoluição da Bacia do Rio Doce

Com quase mil quilômetros de extensão e correndo pelos Estados de Minas Gerais e Espírito Santo, o Rio Doce sofre uma...

11/03/2004 - 00:00
 

Cipe discute programa de despoluição da Bacia do Rio Doce

Com quase mil quilômetros de extensão e correndo pelos Estados de Minas Gerais e Espírito Santo, o Rio Doce sofre uma série de agressões, da mineração, indústrias, desmatamento e pelo uso irracional do solo na agricultura. A maioria dos municípios da bacia não possui sistema de tratamento de esgotos e deposita o lixo urbano nas margens do rio. Por esse motivo, a Comissão Interestadual Parlamentar de Estudos para o Desenvolvimento Sustentável da Bacia Hidrográfica do Rio Doce (Cipe Rio Doce), que envolve políticos mineiros e capixabas vai se reunir, nesta sexta feira (12/03/04), às 9 horas, no Plenarinho IV da Assembléia Legislativa. Os participantes irão discutir a criação de um programa de investimento para a despoluição dos recursos hídricos da Bacia. A Cipe Rio Doce é composta pelos deputados mineiros Cecília Ferramenta (PT), Márcio Passos (PL), Jayro Lessa (PL) e José Henrique (PMDB), e é presidida pelo deputado estadual capixaba Paulo Folleto (PSB).

Outra preocupação da Cipe é a construção da Usina de Aimoré, que irá utilizar as águas do Rio Doce para movimentar suas três turbinas. A comissão já teve vários encontros para debater os possíveis danos que o funcionamento da Usina de Aimoré, que está prevista para entrar em operação em outubro, pode causar à Bacia do Rio Doce. A construção dessa usina é resultado de um consórcio formado pela Cemig e pela Cia. Vale do Rio Doce. A CVRD arca com 51% do investimento total, cerca de US$ 230 milhões, e a Cemig com os restantes 49%. A usina contará com um reservatório de três mil hectares de área e irá gerar 330 megawatts de energia elétrica, com capacidade para abastecer uma cidade de 500 mil habitantes e as unidades industriais da Companhia Vale do Rio Doce, no Espírito Santo.

Além dos integrantes da comissão, foram convidados para participar da reunião na sexta-feira (12) os presidentes da Agência Nacional de Águas (ANA), Jerson Kelman; da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Robson Braga Andrade; da Copasa, Maurício Ricardo Machado; do Comitê da Bacia do Rio Doce e prefeito de Governador Valadares, João Fassarella; da Fundação Estadual de Meio Ambiente (Feam), Ilmar Bastos Santos; e o diretor do Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam), Paulo Teodoro de Carvalho.

 

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