Comandante-geral da PM vai ser ouvido pela Segurança
Pública
A Comissão de Segurança Pública vai dar seqüência
às investigações sobre a transferência da 3º sargento Ângela Santana
de Unaí para Uberlândia, tentando apurar também possível desvio de
conduta de policiais no caso. Para isso, vai ouvir, na reunião da
próxima terça-feira (9/3/04), às 10 horas, no Plenarinho III da
Assembléia, o comandante-geral da Polícia Militar de Minas Gerais,
coronel-PM Sócrates Edgard dos Anjos.
O autor do requerimento pela reunião e presidente
da comissão, deputado Sargento Rodrigues (PDT), quer esclarecer os
motivos da transferência da sargento Ângela e seu marido, o capitão
Tarcísio Maia. O ato de transferência foi assinado pelo coronel
Sócrates, e segundo Rodrigues, não houve por parte do comando da PM
a isenção necessária. Para o deputado, o casal foi vítima de
perseguição explícita e não foi dado a eles o direito de defesa e ao
contraditório.
Ameaças - No ano passado, a
comissão realizou reuniões para ouvir envolvidos com a transferência
da 3º sargento. No dia 1º de julho, a sargento Ângela esteve na
Assembléia quando afirmou que ela e seu marido estariam recebendo
ligações anônimas com ameaças de morte desde quando moravam em
Pirapora. Por esse motivo, o casal foi transferido para Unaí, em
abril de 2002. Mas as intimidações não pararam. Em seu depoimento, a
sargento disse que continuava sofrendo pressões e ameaças verbais do
comando da Polícia Militar da cidade.
Ela acusou ainda o comandante do 28º Batalhão da PM
de Unaí, tenente-coronel Evandro Jacques Mendonça, de arbitrariedade
e descumprimento do seu dever de comandante. A comissão aprovou,
então, um requerimento para ouvir o comandante de Unaí e o 1º
sargento Benedito Otaviano Soares, esse último como testemunha da
perseguição política ao casal. Mas tanto o tenente-coronel quanto o
1º sargento não compareceram à reunião na Assembléia.
|