Trabalhos legislativos serão reabertos na próxima segunda-feira (16)

Este ano deverá ser de muito trabalho para os deputados estaduais, a começar pelos 17 vetos do governador cujas mensa...

10/02/2004 - 15:32
 

Trabalhos legislativos serão reabertos na próxima segunda-feira (16)

Este ano deverá ser de muito trabalho para os deputados estaduais, a começar pelos 17 vetos do governador cujas mensagens serão oficialmente recebidas pela Assembléia na próxima terça-feira (17/2/2004), durante a primeira reunião ordinária de Plenário de 2004. Reunião Solene na noite de segunda-feira (16) marcará a abertura dos trabalhos legislativos. Além dos vetos, estarão tramitando os 16 projetos do governador contendo os planos de carreira dos servidores.

As 17 mensagens encaminhando vetos do governador a proposições de lei chegaram à Assembléia durante o recesso parlamentar, entre o fim de dezembro e o fim de janeiro. Desses vetos, nove são parciais e oito, totais. Caberá ao presidente, deputado Mauri Torres (PSDB), designar as comissões especiais para analisá-los. A Assembléia terá 30 dias para decidir sobre os vetos, que serão apreciados em votação secreta e em turno único. Esgotado o prazo constitucional, sem deliberação pelo Plenário, o veto será incluído na ordem do dia da reunião seguinte, com preferência de votação sobre as outras proposições.

Vetos totais incluem matéria sobre vencimento de militares

Entre as oito matérias vetadas totalmente pelo governador está a Proposição de Lei 15.927 (ex-PL 850/03, do deputado Domingos Sávio - PSDB), que inclui outras cooperativas de crédito, como as de crédito rural, entre as instituições pelas quais os servidores públicos, ativos e inativos, e pensionistas do Estado podem optar pelo recebimento de seus vencimentos integrais, remuneração, proventos e pensões. A proposição altera o artigo 1º da Lei 13.722, de 2000, que dispõe sobre o pagamento de militares, de servidores e de pensionistas do Estado, permitindo o recebimento da remuneração por meio de cooperativa de economia e crédito mútuo constituída de acordo com a Lei Federal 5.764, de 1971. Segundo argumento da Secretaria de Estado da Fazenda, a medida poderá acarretar uma elevação de custos operacionais, com comprometimento da eficiência da Administração Pública.

Também foi vetada a Proposição de Lei 15.784 (ex-PL 101/03, do deputado Durval Ângelo - PT), que torna obrigatória a afixação em restaurantes, lanchonetes e estabelecimentos afins, de cartaz com informações sobre a quantidade média de calorias das porções dos alimentos comercializados e de tabela explicativa sobre a quantidade ideal de calorias que deve ser ingerida diariamente pelos indivíduos, de acordo com o sexo e a idade. A mensagem do governador justifica o veto por considerar a proposição contrária ao interesse público.

Outras matérias que receberam vetos totais: Proposição de Lei 15.843 (ex-PL 693/03, do deputado Sebastião Helvécio - PDT); a Proposição de Lei 15.898 (ex-PL 94/03, do deputado Alencar da Silveira Jr. - PDT); a Proposição de Lei 15.902 (ex-PL 629/03, do deputado Luiz Humberto Carneiro - PSDB); a Proposição de Lei 15.914 (ex-PL 585/03, do deputado Paulo Cesar - PFL); a Proposição de Lei 15.922 (ex-PL 1.133/03, da Comissão Especial de Acidentes Ambientais); e a Proposição de Lei 15.924 (ex-PL 177/03, do deputado Ricardo Durte - PT).

Proposição da Comig recebe veto parcial

A Proposição de Lei 15.782 (ex-PL 1.004/04, do governador), que altera a denominação e o objeto da Companhia Mineradora de Minas Gerais (Comig), transformando-a em Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig), recebeu veto parcial do governador do Estado. O projeto deu origem à Lei 14.892, de 2003, mas o governador vetou o artigo 4º e seu parágrafo único. O artigo 4º veda à Codemig assumir qualquer obrigação relativa à obra ou serviço de engenharia que implique descontinuidade ou descumprimento de meta física ou cronograma físico-financeiro de obra cujo contrato, celebrado antes da promulgação da lei, tenha previsto pagamento com recursos da Comig, direta ou indiretamente.

A tentativa de redução de ICMS para furgões também foi barrada pelo Executivo. A Proposição de Lei 15.852 (ex-PL 1.079/03, do governador), que dispõe sobre o Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) foi outra que recebeu veto parcial. Transformada na Lei 14.937, de 2003, a proposição teve vetado o inciso VIII do artigo 10. O dispositivo estabelece a alíquota de IPVA de 1% para ônibus, microônibus e furgão com autorização para transporte público suplementar. Na justificativa do veto, a Secretaria de Estado da Fazenda diz que a matéria já foi disciplinada nos incisos II (3% para caminhonete de carga picape e furgão) e IV (1% para ônibus, microônibus, caminhão, caminhão-trator e aeronave), e que o veículo da espécie furgão seria impróprio para o transporte coletivo de passageiros.

Também receberam vetos parciais as Proposições de Lei 15.734 (ex-Projeto de Lei 1.078/03, do governador); 15.738 (ex-PL 411/03, do deputado Miguel Martini - PSB); 15.855 (ex-PL 66/03, da deputada Maria José Haueisen e do deputado Padre João - PT); 15.921 (ex-PL 1.081/03, do governador); 15.925 (ex-PL 473/03, do deputado Antônio Carlos Andrada - PSDB); 15.928 (ex-PL 898/03, do deputado Antônio Carlos Andrada - PSDB); 15.932 (ex-PL 1.116/03, do governador).

Projetos das carreiras devem ser votados neste semestre

Ao todo, são 16 os projetos que tratam dos planos de 130 carreiras dos servidores públicos mineiros; 14 projetos de lei (PL) e um projeto de lei complementar (PLC) foram encaminhados à Assembléia no dia 29 de dezembro. No dia 9 de dezembro, já havia sido enviado o projeto que institui o plano de carreira dos profissionais da Educação. O presidente da Assembléia, deputado Mauri Torres, garantiu que as propostas serão discutidas amplamente pelos deputados com os servidores públicos estaduais e deverão ser votadas ainda neste primeiro semestre.

As tabelas de vencimento dos servidores ainda não foram enviadas. O governo do Estado promete que elas serão elaboradas após votadas e sancionadas as leis contendo os planos de carreira. As tabelas com os vencimentos básicos de cada carreira também virão em forma de projetos de lei, junto com um decreto que deverá definir as regras de posicionamento dos servidores na estrutura das carreiras.

Criação da Ouvidoria-Geral de Minas também será analisada

Outro projeto importante começará a tramitar na Assembléia a partir da próxima semana: o que cria a Ouvidoria-Geral do Estado de Minas Gerais (OGE) como órgão autônomo auxiliar do Poder Executivo na fiscalização e aperfeiçoamento de serviços e atividades. A mensagem contendo o projeto foi recebida pelo Legislativo, no último dia 16 de janeiro.

De acordo com o projeto, a OGE estará vinculada diretamente ao governador e responderá pelo cumprimento das normas do Código de Conduta Ética da Alta Administração e Código de Conduta Ética de Servidor, ambos adotados desde dezembro passado. O novo órgão será composto por cinco Ouvidorias especializadas - de Polícia e do Sistema Penitenciário, Educacional, de Saúde, Ambiental e de Fazenda, Patrimônio e Licitações Públicas, o órgão será dirigido por um ouvidor-geral auxiliado por um ouvidor adjunto.

 

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