Seminário aborda, nesta terça, aspectos econômicos, sociais e físicos das RMs

Os problemas relativos à criminalidade na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) serão apresentados na Assembl...

30/01/2004 - 15:14
 

Seminário aborda, nesta terça, aspectos econômicos, sociais e físicos das RMs

Os problemas relativos à criminalidade na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) serão apresentados na Assembléia pelo secretário adjunto de Defesa Social, Luís Flávio Sapori, nesta terça-feira (11/11/2003), segundo dia do Seminário Legislativo "Regiões Metropolitanas". A partir de 8h30, ele participa do painel "Aspectos físicos, sociais e econômicos de regiões metropolitanas". O secretário pretende abordar ainda a gestão integrada envolvendo os governos federal, estadual e os municípios. Também é aguardada a presença do secretário de Estado do Meio Ambiente, José Carlos Carvalho. Os trabalhos serão coordenados pelo deputado Gustavo Valadares (PFL).

Para o geólogo e membro da Associação Brasileira de Geologia de Engenharia e Ambiental (ABGE - Núcleo MG), Edézio Teixeira de Carvalho, que é um dos palestrantes do seminário nesta terça-feira, é importante diferenciar as demandas das regiões metropolitanas daquelas dos municípios isolados. "As regiões metropolitanas têm grandes problemas que precisam ser considerados em conjunto, em uma visão multidisciplinar. Cria-se uma rede de problemas que não podem ser tratados individualmente", explicou. O geólogo pretende apresentar ainda experiências bem sucedidas para problemas metropolitanos.

Gestão integrada - O secretário José Carlos Carvalho também defende uma gestão integrada e sistêmica para o meio ambiente, não condicionadas a fronteiras físicas e determinadas. "A região metropolitana também é o lugar de ocorrência de grandes impactos ambientais, objeto da atenção especial dos administradores: os decorrentes dos transportes, do lixo, do lançamento de esgotos que exigem políticas específicas de tratamento em áreas conurbadas", afirmou. As alternativas de gerenciamento do transporte público nas regiões metropolitanas, a autonomia dos municípios em contraposição ao interesse metropolitano e o impacto da política tarifária sobre o uso do solo são alguns pontos que serão abordados pelo coordenador do Curso de Pós-Graduação em Transporte e Trânsito da Fumec, Osias Baptista Neto, em sua exposição.

O assessor da Diretoria de Operação Metropolitana da Copasa, Rômulo Thomaz Perilli, apresentará dados sobre o serviço de abastecimento de água e tratamento de esgoto nas regiões metropolitanas do Estado, onde o sistema é integrado, não considerando limites municipais. No entanto, segundo ele, os critérios de definição das políticas da companhia seguem critérios técnicos e econômicos, considerando o tamanho do aglomerado, a população, as distâncias e as possibilidades de se manter os mananciais preservados, sem pressão do crescimento urbano. O expositor deverá apresentar ainda dados sobre o atendimento da RMBH pela Copasa. "O problema de abastecimento de água nessa região está praticamente resolvido, com atendimento de 98% da população dos municípios onde a Copasa tem concessão. Já em relação ao sistema de esgoto, há ainda uma defasagem em relação ao que se coleta, transporta e trata. Nas cidades onde a Copasa tem concessão de esgoto, o atendimento por coleta é de aproximadamente 79%. Por outro lado, desse esgoto coletado, apenas 25% tem tratamento, porque ainda existem muitas dificuldades de transportar o esgoto para os locais onde devem ser tratados", afirmou.

O sexto expositor da manhã desta terça-feira (11) é o coordenador nacional da Rede Habitare e professor do IPPUR/UFRJ, Adauto Lúcio Cardoso.

Grupos de trabalho - Três grupos de trabalhos reúnem-se nesta terça-feira (11), das 14h às 18h, para analisar as propostas elaboradas pelas comissões técnicas interinstitucionais (CTIs) referentes ao uso do solo, meio ambiente e saneamento básico; transportes e sistemas viários; e habitação e segurança. Na quarta-feira (12), às 8 horas, as propostas das CTIs, acrescidas das contribuições dos grupos, serão votadas na sessão plenária final. As conclusões, sintetizadas em um documento, serão entregues ao presidente da Assembléia, deputado Mauri Torres (PSDB). O documento tem o objetivo de subsidiar ações legislativas.

 

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