Comissões temáticas ampliaram trabalho no interior em 2003

As comissões temáticas da Assembléia apresentaram números expressivos em 2003: foram 1.128 reuniões, sendo 54 realiza...

23/12/2003 - 11:00
 

Comissões temáticas ampliaram trabalho no interior em 2003

As comissões temáticas da Assembléia apresentaram números expressivos em 2003: foram 1.128 reuniões, sendo 54 realizadas no interior do Estado, com a participação aproximadamente 2.400 convidados, e ainda 40 visitas. Das 16 comissões permanentes, dez realizaram mais de 40 reuniões e audiências públicas ao longo do ano. A Comissão de Direitos Humanos liderou a lista, com 68 eventos, além de 26 visitas. Em suas reuniões, compareceram nada menos que 357 convidados. Destacam-se também as comissões de Constituição e Justiça e de Fiscalização Financeira e Orçamentária, com 58 reuniões cada, e a de Administração Pública, com 56. Houve ainda 37 reuniões conjuntas.

O objetivo de ampliar a participação da sociedade nas discussões da Assembléia Legislativa ficou ainda mais evidente neste ano. Temas de grande relevância para o Estado foram debatidos pelas comissões.

A Comissão de Assuntos Municipais e Regionalização, por exemplo, discutiu a situação dos municípios mineiros afetados pela redução nos repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), e cobrou esclarecimentos sobre a proposta do governo para a construção do centro administrativo do Estado na área onde hoje funciona o Aeroporto Carlos Prates, em Belo Horizonte.

A Comissão de Administração Pública, além de apreciar centenas de projetos, discutiu, em audiências públicas, a situação dos contratos entre a Cemig e a empresa norte-americana AES, a telefonia celular no interior do Estado e a venda de ações do capital social da Comig. A comissão debateu também, em reuniões conjuntas, temas ligados ao Ipsemg, ao Fundo de Participação dos Municípios e à Secretaria de Estado da Educação.

Defesa do consumidor e direitos humanos

A Comissão de Defesa do Consumidor debateu, entre outros temas, o fechamento de agências da Cemig em diversos municípios e como essa atitude da empresa afetou os usuários, a liquidação dos consórcios Uniauto e Liderauto e ainda o descumprimento das leis 13.738, de 2000, e 14.235, de 2002, que obrigam as instituições bancárias a promoverem benfeitorias em suas agências para atender melhor os clientes. Exigiu esclarecimentos, também, quanto a denúncias de superfaturamento na cobrança de taxas de reboque e guarda de veículos por empresa privada que presta serviços ao Detran/MG.

A Comissão de Direitos Humanos buscou esclarecimentos sobre uma série de denúncias envolvendo tortura cometida por policiais, expulsão de trabalhadores rurais de suas terras, superlotação de presídios e maus-tratos contra detentos, entre outros assuntos. Os deputados da comissão fizeram 12 reuniões no interior e mais 26 visitas a estabelecimentos prisionais, asilos, áreas de barragens e propriedades rurais, passando por cidades como São Gonçalo do Sapucaí, Itaúna, Ponte Nova e outras. A comissão realizou ainda quatro reuniões conjuntas com as comissões de Meio Ambiente e Recursos Naturais (1) e de Segurança Pública (3).

Na Comissão de Educação, Cultura, Ciência e Tecnologia, destacaram-se temas discutidos como a situação financeira, administrativa e estrutural da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes) e da Universidade do Vale do Sapucaí (Univas), o plano de carreira dos servidores da Secretaria de Estado da Educação, a ampliação do ensino público fundamental para nove anos; o desenvolvimento da pesquisa científica no Estado e diversos projetos de lei que tratam da questão educacional em Minas. A comissão promoveu audiências públicas em Sabará, Caratinga e Ouro Preto e realizou reuniões conjuntas com as comissões de Administração Pública, de Saúde e de Participação Popular.

Questão orçamentária tem ampla discussão

A Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária apreciou centenas de proposições e ainda realizou audiências nas quais discutiu, entre outros temas, a reestruturação do sistema tributário brasileiro, o cumprimento das metas fiscais estabelecidas para o Estado e as metas do Plano Plurianual de Ação Governamental (PPAG), além do orçamento anual, sempre com a presença de autoridades. Os deputados fizeram ainda uma visita à Açominas, onde cobrou de sua diretoria explicações sobre a possibilidade de transferência do centro administrativo da companhia para Porto Alegre (RS).

Um dos destaques do ano na Comissão de Meio Ambiente e Recursos Naturais foi a reunião realizada no Plenário, com a presença da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, que falou sobre as políticas públicas a serem implantadas pelo ministério. Os deputados da comissão também se mobilizaram para obter esclarecimentos quanto ao rompimento de uma barragem de rejeitos ocorrida em Cataguases. A mortandade de peixes na Usina Hidrelétrica de Funil, em Lavras, denúncias de irregularidades na instalação de um depósito de lixo em Juatuba e a questão dos transgênicos também foram assuntos importantes debatidos pela comissão, que fez diversas audiências e visitas no interior do Estado.

Criada neste ano, a Comissão de Participação Popular recebeu 11 propostas de ação legislativa (PALs) e promoveu debates sobre economia solidária e o acesso das comunidades do Norte de Minas e do Vale do Jequitinhonha ao abastecimento de água. A comissão realizou ainda a 1ª Conferência das Cidades de Minas Gerais.

Questões como a reforma agrária, a situação de terras devolutas no Estado, o Pró-Álcool e o reflorestamento foram alguns dos temas na pauta da Comissão de Política Agropecuária e Agroindustrial, que esteve ainda em Pará de Minas para discutir questões ligadas ao ICMS para produtores rurais e taxas ambientais.

Saúde e segurança também são destaques

A Comissão de Saúde teve uma atuação importante no que diz respeito aos problemas causados às pessoas que precisaram de atendimento médico e hospitalar no Estado. A precariedade do sistema de urgência e emergência na Grande Belo Horizonte, as dificuldades dos hospitais universitários, os problemas ligados ao consumo de álcool e drogas e questões administrativas ligadas à Secretaria de Estado da Saúde foram alguns dos temas debatidos nas reuniões da comissão.

A precariedade dos estabelecimentos prisionais, o aumento da criminalidade e do tráfico de entorpecentes e a corrupção nos órgãos de segurança pública do Estado destacam-se entre os assuntos que estiveram na pauta da Comissão de Segurança Pública. Os parlamentares também procuraram enriquecer as discussões para a melhoria do policiamento comunitário e da situação funcional dos policiais, agentes penitenciários e outros servidores ligados à Segurança Pública.

A Comissão de Transporte, Comunicação e Obras Públicas realizou diversas reuniões para debater as condições de tráfego e segurança das rodovias mineiras. O Anel Rodoviário de Belo Horizonte e as rodovias MG-347, BR-265 e BR 040 foram alguns dos temas debatidos. A comissão também buscou esclarecimentos sobre assuntos ligados à telefonia, e ao aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte. Outro destaque da comissão foi a audiência pública em Pirapora para discutir o transporte hidroviário no rio São Francisco.

Destaques das comissões de Turismo, de Trabalho e especiais

A crise na hotelaria, a redução de vôos para algumas cidades e as condições de preservação do patrimônio histórico de Minas foram algumas das questões discutidas nas reuniões das Comissão de Turismo, Indústria e Comércio. Os deputados também levantaram o debate sobre a importância dos circuitos turísticos no desenvolvimento do turismo no Estado e o fomento à atividade em regiões mais pobres, como o Norte de Minas.

Na Comissão de Trabalho, da Previdência e da Ação Social, destacaram-se as audiências públicas para debater as condições de trabalho em diversas comunidades no interior do Estado. Outra preocupação que marcou os trabalhos da comissão em 2003 foi em relação à exploração do trabalho infantil. Os deputados também buscaram averiguar denúncias de maus-tratos contra idosos em asilos de Santa Luzia.

Especiais - Além do trabalho realizado nas comissões permanentes, a função fiscalizadora da Assembléia Legislativa foi marcada pela criação de diversas comissões especiais. A cafeicultura mineira, os acidentes ambientais e a expansão do Metrô de Belo Horizonte foram alguns dos temas analisados pelas comissões especiais, que elaboraram relatórios contendo o diagnóstico da situação e diversas propostas. Além disso, foram constituídas comissões especiais para analisar indicações do governador de nomes para ocuparem a direção de órgãos estaduais. A Assembléia formou ainda 62 comissões para analisar propostas de emenda à Constituição (PECs) e 43 para emitir parecer sobre vetos totais ou parciais do governador a proposições de lei.

 

 

 

 

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