Projeto que reajusta custas judiciais pronto para 2o turno em Plenário

Está pronto para ser votado em Plenário em 2o turno o Projeto de Lei (PL) 1.081/2003, do governador, que reajusta os ...

16/12/2003 - 21:36
 

Projeto que reajusta custas judiciais pronto para 2o turno em Plenário

Está pronto para ser votado em Plenário em 2o turno o Projeto de Lei (PL) 1.081/2003, do governador, que reajusta os valores das custas judiciais. A Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária da Assembléia Legislativa emitiu parecer favorável ao projeto, em reunião nesta terça-feira (16/12/2003). Da forma como foi aprovado em 1o turno, o projeto aplica às custas judiciais um reajuste com base no Índice Geral de Preços (IGP-DI). Os valores dos serviços judiciais passam a ser expressos em unidades fiscais do Estado (Ufemgs), com o objetivo de corrigir a defasagem dos custos desses serviços, que não são reajustados desde 1999.

O relator, deputado Sebastião Helvécio (PDT), opina pela aprovação com quatro emendas que apresentou. A de número 1 estabelece o limite de 160 quilômetros (ida e volta) para o pagamento de verbas indenizatórias para oficial de justiça-avaliador. A número 2 isenta a Defensoria Pública do pagamento de custas judiciais. E as emendas nºs 3 e 4 reduzem os valores cobrados para expedição de mandados de segurança.

Votação adiada - Dois outros projetos que integram o pacote tributário do Estado não foram votados. O PL 1.083/2003, que reajusta as taxas cobradas pelos cartórios, teve votação adiada a pedido dos deputados José Henrique (PMDB) e Weliton Prado (PT). O projeto, que tramita em 1o turno, recebeu um novo substitutivo do relator, deputado Ermano Batista (PSDB). Entre as principais alterações citadas pelo relator, estão a cobrança de certidões de acordo com um valor fixo, independente do número de folhas, e a garantia de que o reajuste das taxas com base na Ufemg só se dará a partir de 2005. Além disso, o substitutivo aumenta para R$ 600 a renda mínima mensal para que o cartório seja considerado deficitário e possa ter acesso ao fundo que será criado para beneficiar os pequenos cartórios. Outra novidade é a inclusão dos cartórios de notas como beneficiários desse fundo.

O parecer favorável, após um dia inteiro de negociações, gerou um acalorado debate. De um lado, o relator, que desmentiu a informação de que o aumento para algumas taxas inicialmente chegava a 17.000%. O aumento médio das taxas, segundo o relator, é de 24%. "Não podemos impôr um ônus excessivo à população, mas também não podemos condenar os escrivães à fome", justificou o relator. O deputado Chico Simões (PT) protestou contra o novo parecer, e contestou o percentual de reajuste médio informado pelo relator. Segundo o deputado, alguns serviços, como a certidão de cancelamento de ônus, vão ter aumento de 3.000%. "Esse parecer mudou tudo, é uma aberração. Não quero legitimar algo que é uma agressão ao contribuinte mineiro", afirmou.

Também teve votação adiada, devido a um pedido de vista do deputado Chico Simões, o parecer de 2o turno sobre o Projeto de Lei (PL) 1.082/2003, do governador, que cria a Taxa de Fiscalização Ambiental. O relator, deputado Doutor Viana (PFL), opina pela aprovação do projeto na forma como ele foi aprovado em 1o turno, mas com duas novas emendas.

De acordo com o texto aprovado em 1o turno, o Estado passa a receber 60% do valor arrecadado com a taxa de fiscalização recolhida para o Instituto Brasileiro de Defesa do Meio Ambiente (Ibama). O dinheiro serviria para custear as atividades dos órgãos de fiscalização ambiental do Estado. As duas emendas apresentadas por Doutor Viana mudam algumas terminologias utilizadas no texto original, sem alterar o conteúdo do projeto. O deputado Antônio Júlio (PMDB) também propôs uma emenda, que proíbe a Polícia Florestal de multar ou embargar empreendimentos agrícolas.

Projeto que altera o Find tem parecer favorável de 2o turno

Em 2o turno, recebeu parecer favorável o PL 1.026/2003, do governador, que prorroga por mais dez anos o prazo de vigência do Fundo de Incentivo à Industrialização (Find). O relator, deputado José Henrique (PMDB), opina pela aprovação na forma como foi aprovado em 1o turno no Plenário. Assim, a Assembléia fica encarregada de fazer a avaliação anual dos resultados obtidos pelo projetos financiados com recursos do Find. Também receberam pareceres favoráveis de 2o turno os PLs 1.132/2003, da Comissão de Constituição e Justiça, que autoriza o Estado a comprar imóveis que pertencem ao Instituto UFV de Seguridade Social (Agros); e 1.293/2003, do governador, que autoriza doação de imóveis da Companhia de Distritos Industriais para o município de Contagem.

Três projetos prontos para o 1o turno em Plenário

Três projetos que tramitam em 1o turno receberam pareceres favoráveis e agora estão prontos para votação em Plenário. Um deles é o PL 1.037/2003, do governador, que prorroga por mais dez anos o prazo de vigência do Fundo de Desenvolvimento Minerometalúrgico (FDMM), cujas emendas apresentadas em Plenário foram analisadas pela comissão. O relator, deputado Jayro Lessa (PL), opina pela rejeição da emenda nº 1 e pela aprovação da subemenda nº 1 à emenda nº 2 e da emenda nº 3. A emenda nº 1 estabelece que só terão direito a novos financiamentos as empresas que já tiverem quitado todas as dívidas junto ao fundo. Já a subemenda nº 1 exclui da emenda nº 2 a necessidade de incluir nos relatórios semestrais de avaliação do fundo informações sobre a execução de cada projeto financiado. E a emenda nº 3, apresentada pelo relator, retira do texto original a possibilidade de o governo do Estado prorrogar por mais uma vez o prazo de vigência do fundo.

Também recebeu parecer favorável o PL 1.239/2003, do governador, que altera o Fundo de Desenvolvimento Regional do Jaíba. O projeto permite a transferência de recursos do fundo para a Ruralminas e para o Instituto Estadual de Florestas implantarem áreas de preservação ambiental. Também inclui entre as beneficiárias do fundo empresas localizadas fora da área do Distrito Agroindustrial do Jaíba, mas que tenham alguma ligação com o projeto. Neste ano, o total de recursos do fundo somou R$ 26,5 milhões. Para o ano que vem, estão previstos R$ 22,95 milhões para investimentos em irrigação.

O relator, deputado José Henrique, considera que o projeto não cria despesas para o Estado e acredita que poderá elevar a arrecadação com impostos, decorrência do crescimento econômico resultante das alterações no fundo. Ele apresentou duas emendas que foram aprovadas. A de número 1 autoriza a Minas Gerais Participações a transferir à Ruralminas uma área de 30 mil hectares localizada no município de Jaíba. Já a de número 2 determina que a Assembléia fará avaliações anuais sobre a aplicação de recursos do fundo e os benefícios gerados.

O deputado Chico Simões propôs duas emendas, que foram rejeitadas. Uma delas determinava que o contrato para liberação de recursos do fundo poderia ser rompido caso ficasse comprovada a redução dos postos de trabalho ou sonegação fiscal por parte do beneficiário. A outra estabelecia que a geração e manutenção de postos de trabalho têm que ser levadas em consideração antes de se definirem as condições de financiamento do fundo. O projeto agora está pronto para ser votado em Plenário.

Cooperativas - Também está pronto para o 1o turno em Plenário o PL 850/2003, do deputado Domingos Sávio (PSDB), que abre a possibilidade para servidores do Estado receberem seus salários por meio das cooperativas de crédito rural. O relator, deputado Mauro Lobo (PSB), considera que o projeto não cria despesa para o Estado, e opina pela aprovação com as emendas nºs 1, da Comissão de Constituição e Justiça, e 2, da Comissão de Administração Pública, além da subemenda nº 1 à emenda nº 3, que ele apresentou.

A emenda nº 1 diz que os servidores poderão receber seus salários por meio de cooperativas de crédito de maneira geral. A emenda nº 2 não altera o conteúdo do projeto. A emenda nº 3, também da Comissão de Administração Pública, estabelece que o Estado pode deixar de atender a pedido do servidor para receber o pagamento em determinada instituição financeira. A subemenda nº 1 abre uma exceção para as cooperativas de crédito, prejudicando, assim, a emenda nº 3.

Projeto sobre Funfip não é votado

Também deixou de ser votado, por causa de um pedido de vista do deputado Chico Simões, o parecer de 2o turno sobre o Projeto de Lei Complementar (PLC) 44/2003, do governador, que cria o Fundo Financeiro de Previdência (Funfip). Esse fundo substitui a Conta Financeira da Previdência, criada no ano passado, e passa a contar com recursos da União destinados ao pagamento de benefícios previdenciários. O objetivo da mudança é permitir que o Estado possa receber royalties da União pela exploração da água para geração de energia elétrica.

O relator, deputado José Henrique, opina pela aprovação com três emendas de sua autoria. A de número 1 aumenta para 11% a alíquota de contribuição dos servidores inativos do Estado que se aposentaram depois de 31 de dezembro de 2001. Atualmente, essa alíquota é de 4,8%. Já a emenda nº 2 revoga as disposições contrárias ao projeto, e a emenda nº 3 dispõe que as atuais alíquotas continuam valendo até 90 dias após a data de publicação da nova lei.

Presenças - Participaram da reunião os deputados Ermano Batista (PSDB), presidente; Chico Simões (PT); Doutor Viana (PFL); José Henrique (PMDB); Mauro Lobo (PSB); Sebastião Helvécio (PDT); Dinis Pinheiro (PL); Antônio Júlio (PMDB); e Domingos Sávio (PSDB), pela manhã. Á tarde, também participaram das reunião da comissão os deputados Adalclever Lopes (PMDB), Irani Barbosa (PL) e Weliton Prado (PT).

 

 

 

 

 

 

 

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