Denúncia de vendas de sentenças em Juiz de Fora será
apurada
A denúncia de venda de sentenças pelo juiz da
5a Vara Cível de Juiz de Fora, Murilo de Sá Júnior, será
investigada pela Comissão de Segurança Pública da Assembléia
Legislativa de Minas, na próxima quarta-feira (17/12/2003), às 10
horas, no Plenarinho III. Requerimento do deputado Alberto Bejani
(PTB) pediu a realização de reunião com o presidente e o tesoureiro
do Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários de Juiz de Fora e Região,
Jorge de Oliveira Pereira e Antônio Carlos Costa. Eles teriam
denunciado o esquema de venda de sentenças pelo juiz e agora
estariam sendo ameaçados de morte, segundo Alberto Bejani.
A comissão aprovou, na última reunião, outro
requerimento que pede à Corregedoria de Justiça para afastar o juiz
de suas funções enquanto não forem concluídas as investigações sobre
o caso. Segundo sindicância da Corregedoria de Justiça, Murilo de Sá
Júnior teria recebido R$ 25 mil e R$ 30 mil por duas sentenças que
envolviam disputas no Sindicato dos Rodoviários. Além disso, os
autos apontam que, ao deixar a comarca de Congonhas, o juiz teria
levado mesas, cadeiras e computadores que pertenciam ao fórum da
cidade.
A sindicância apurou também que ele teria emitido
vários cheques sem fundos. Para dar continuidade às investigações, a
corregedoria pede o afastamento preventivo do juiz, a quebra de seu
sigilo bancário e fiscal e a expedição de um mandado de busca e
apreensão.
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