Projeto sobre taxas cartoriais passa pela Administração Pública

A Comissão de Administração Pública da Assembléia Legislativa aprovou, nesta quinta-feira (4/12/2003), parecer de 1º ...

04/12/2003 - 17:53
 

Projeto sobre taxas cartoriais passa pela Administração Pública

A Comissão de Administração Pública da Assembléia Legislativa aprovou, nesta quinta-feira (4/12/2003), parecer de 1º turno sobre o PL 1.083/2003, do Poder Executivo, que ajusta a remuneração devida pelos atos praticados pelos oficiais de registro, tabeliães e juízes de paz, responsáveis pelos serviços de natureza extrajudicial. O relator da matéria foi o deputado Domingos Sávio (PSDB), que apresentou um substitutivo. O projeto segue agora para a Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária, antes de ser apreciado pelo Plenário.

Os valores das taxas cobradas pelos cartórios estão expressos em reais e defasados desde 1999. Segundo o relator, o substitutivo readequa as tabelas de emolumentos e das taxas judiciais, adotando classificação condizente com o direito notarial. Possibilita, ainda, um melhor enquadramento da norma estadual fixadora do valor dos emolumentos às diretrizes gerais traçadas pela norma federal pertinente.

Fundo - O substitutivo propõe, entre outras modificações, a adoção de critérios relativos aos selos, no sentido de dar mais segurança contra fraudes. Cria ainda o Fundo de Ressarcimento de Registro Civil para ressarcir os cartórios de registro civil pelos atos gratuitos praticados, além da complementação da receita mínima dos cartórios deficitários no Estado, que hoje chegam a 1,5 mil. O fundo será formado com recursos do selo (0,17 Ufemgs ou R$ 0,20) e complementado com 6% da receita bruta dos cartórios. Até a regulamentação desse fundo, o relator propõe uma regra de transição. Atualmente existem cerca de 3 mil cartórios em Minas Gerais.

Durante a discussão do projeto na comissão, foram apresentadas cinco emendas e um substitutivo. Apenas as emendas foram acatadas pelo relator. Uma, de autoria do deputado Dalmo Ribeiro Silva (PSDB), acrescenta que a publicidade dos atos extrajudiciais terão caráter educativo, informativo e de orientação social. As outras quatro, propostas pelo deputado Miguel Martini (PSB), operacionalizam a comissão que vai gerir o Fundo de Ressarcimento de Registro Civil. Essa comissão será formada por um representante da Secretaria de Estado da Fazenda, um do Ministério Público, três das entidades de registro civil e dois de outros cartórios.

Comunidade negra poderá ganhar representação

A comunidade negra de Minas Gerais poderá ganhar um órgão para defender seus interesses e elaborar políticas de inserção socioeconômica, política e cultural. O Projeto de Lei (PL) 961/2003, da deputada Maria Tereza Lara (PT), recebeu parecer de 1º turno favorável da Comissão de Administração Pública. Caso a proposição se transforme em lei, o Conselho de Participação e Desenvolvimento da Comunidade Negra de Minas Gerais será composto paritariamente por representantes da sociedade civil e pelo poder público, em um total de 30 integrantes.

Em seu parecer, a relatora, deputada Jô Moraes (PCdoB), apresentou duas emendas à proposição. A primeira retira do texto a prerrogativa do conselho de desenvolver programas e projetos voltados para o combate ao racismo e erradicação da discriminação racial. A segunda procura compatibilizar o trabalho da ouvidoria interna do conselho com as competências da Polícia Civil e do Poder Executivo.

Presenças - Compareceram à reunião os deputados Domingos Sávio (PSDB), presidente; Fábio Avelar (PTB); Leonardo Quintão (PMDB), Antônio Júlio (PMDB); Miguel Martini (PSB); Dalmo Ribeiro Silva (PSDB); e a deputada Jô Moraes (PCdoB).

 

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