FFO vai investigar venda de ações e obras da Comig

A venda de ações da Companhia Mineradora de Minas Gerais (Comig) para a empresa Solaris Company Limited, em 2001, e o...

03/12/2003 - 18:51
 

FFO vai investigar venda de ações e obras da Comig

A venda de ações da Companhia Mineradora de Minas Gerais (Comig) para a empresa Solaris Company Limited, em 2001, e o financiamento de obras pela Comig, entre 1999 e 2002, serão tema de reunião da Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária da Assembléia Legislativa. A reunião será realizada a requerimento do deputado Chico Simões (PT), nesta quinta-feira (4/12/2003), às 10 horas, no Plenarinho II.

A investigação sobre a venda de ações para a Solaris foi defendida pelos deputados do Bloco PT/PCdoB quando estava tramitando na Assembléia o Projeto de Lei (PL) 1.004/2003, que altera a denominação da Companhia Mineradora de Minas Gerais (Comig), que passa a se chamar Companhia de Desenvolvimento Econômico (Codemig). O projeto foi aprovado em 2º turno no dia 26 de novembro, com a condição de que fosse realizada a audiência pública da Comissão de Fiscalização Financeira.

Segundo o líder do bloco, deputado Rogério Correia, a Solaris tem sede nas Bahamas e até hoje o Ministério Público não conseguiu identificar seus proprietários. O dinheiro dos dividendos da empresa está sendo depositado em juízo, "mas até agora não apareceu ninguém para retirá-lo", informou. Ele disse, ainda, que os 2,5% de ações estiveram à venda por 45 dias, prazo em que a Comig tinha a preferência de compra. "Vencido o prazo, com o desinteresse da Comig, um dia depois a Solaris comprou o lote, pagou somente 10% do valor, ou R$ 120 mil, e 30 dias depois já recebia R$ 250 mil de dividendos", afirmou. Os deputados também querem investigar obras realizadas pela Comig e que não constariam de suas finalidades, como abertura e pavimentação de estradas, reformas de hotéis e pavimentação de ruas.

Convidados - Foram convidados para a reunião os promotores Leonardo Duque Barbabela e Carlos André Mariane Bitencourt, da Coordenadoria de Defesa do Patrimônio Público. O presidente da Comig, Oswaldo Borges da Costa; o advogado Rogério Peret Teixeira e o promotor de Justiça da Comarca de Itajubá, André de Oliveira Andrade.

 

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