Plenário aprova em 2º turno Fundo das Parcerias
Público-Privadas
Na semana seguinte à aprovação das Parcerias
Público-Privadas (PPPs), o Plenário votou a instituição do Fundo de
Parcerias Público-Privadas, que dará sustentação financeira ao
programa. O PL 890/2003 foi aprovado em 2º turno, nesta terça-feira
(2/12/2003), na reunião ordinária. Entre os recursos do fundo, estão
dotações orçamentárias e créditos adicionais e recursos de operações
de crédito internas e externas. Gerido pela Secretaria de
Desenvolvimento Econômico e tendo como agente financeiro o BDMG, o
fundo poderá alocar ativos do Estado, exceto os de origem
tributária, e bens móveis e imóveis, na forma definida em
regulamento. O grupo coordenador será composto pelas Secretarias de
Planejamento e Gestão e da Fazenda, pelo órgão gestor e pelo agente
financeiro.
Redação final - Foram aprovados, ainda,
pareceres de redação final sobre os PLs 8/2003, do deputado Leonardo
Quintão (PMDB), que dispõe sobre a qualificação de pessoas jurídicas
de direito privado, sem fins lucrativos, como organizações da
sociedade civil de interesse público (Oscips); e 889/2003, do
governador, que cria as Parcerias Público-Privadas (PPPs). Agora a
Assembléia tem 10 dias para encaminhar essas duas proposições para o
governador Aécio Neves, que poderá sancioná-las com ou sem veto, no
prazo de 15 dias úteis. Foi iniciada também a discussão do PL
1.081/2003 (leia texto abaixo), do governador, que altera lei que dispõe sobre as
custas devidas ao Estado no âmbito da Justiça de 1º e 2º graus. O
projeto tramita em 1º turno.
Conteúdo do projeto que cria o Fundo das
PPPs
O Fundo de Parcerias Público-Privadas oferecerá aos
parceiros privados garantias reais da continuação dos desembolsos
dos valores contratados, com a contrapartida de comprovar a
realização dos investimentos necessários. As condições para
liberação e utilização de seus recursos serão estabelecidas nos
contratos de parceria. Já a remuneração do agente financeiro não
poderá ser superior a 1,5% do valor de cada operação; e as
disponibilidades do fundo, em poder do agente financeiro, deverão
ser remuneradas pela taxa Selic. O gestor e o agente financeiro
apresentarão à Secretaria da Fazenda e ao grupo coordenador
relatórios específicos, na forma e periodicidade solicitadas.
Projeto das custas judiciais continua em
discussão
Os deputados Antônio Carlos Andrada (PSDB), líder
do Bloco Parlamentar Social Progressista (BPSP), e Chico Simões
(PT), líder da Minoria, discutiram o PL 1.081/2003, que altera a
tabela de custas judiciais. O líder do bloco usou seu tempo para
fazer um balanço do governo Aécio Neves, lembrando as dificuldades
existentes quando o governador assumiu o cargo, bem como o período
em que foi implantado o chamado "choque de gestão". Ele elogiou o
governador pelo anúncio do pagamento integral do 13º salário no
próximo dia 15, informando que a despesa com a folha de dezembro e
com o 13º será de R$ 1,170 bilhão. O deputado também destacou os
investimentos na Copasa e na Cemig feitos pelo Executivo. Anunciou,
ainda, que o governador enviará à Alemg, no próximo dia 10, o plano
de carreira da educação.
Já o líder da Minoria classificou o PL 1.081/2003
como integrante do "tarifaço" afirmando que o projeto aumenta as
tarifas da Justiça, dificultando o acesso do cidadão ao Poder. O
parlamentar também enfatizou que o governador está apenas cumprindo
seu papel, ao pagar o 13º salário em dia; e que será preciso muita
negociação, a fim de que o plano de carreira da Educação devolva a
dignidade ao servidor.
Serjusmig - O parlamentar
também fez referência a trecho do projeto que está sendo questionado
pelo Sindicato dos Servidores da Justiça de 1ª Instância do Estado
(Serjusmig). O trecho é o artigo 18, que trata do reembolso das
verbas indenizatórias, determinando que é devida, ao oficial de
Justiça-avaliador, a indenização de transporte, a título de
ressarcimento de despesa com locomoção, para fazer citação e
intimação e cumprir diligência fora das dependências dos tribunais
ou das Varas onde esteja lotado. O parágrafo 8º, que está sendo
questionado, determina que essa regra não se aplica ao Estado, suas
autarquias e fundações. O deputado se comprometeu a procurar a base
do governo.
Emenda a projeto de doação de imóvel beneficia
Uemg
Outro projeto aprovado pelo Plenário, também em 2º
turno, foi o PL 837/2003, do governador, que autoriza o Executivo a
doar ao município de Lima Duarte imóvel que especifica, para
funcionamento de escola municipal. A Comissão de Fiscalização
Financeira tinha opinado pela aprovação do projeto com a emenda nº
1, que autoriza a transferência de domínio de bens públicos
destinados a abrigar e a formar o campus da Universidade do
Estado de Minas Gerais (Uemg). Para isso, será feita a permuta de
imóveis entre a Fundação João Pinheiro, a Uemg e a Companhia
Mineradora de Minas Gerais (Comig).
Também foi aprovada a emenda nº 2, do deputado
Chico Simões, amparada por acordo de líderes, que determina que os
imóveis doados à fundação e à Uemg serão revertidos, em 10 anos, aos
doadores, caso a Uemg não tenha dado a destinação prevista. A defesa
da Uemg e das emendas nºs 1 e 2 foi feita pelo deputado André
Quintão (PT), pela deputada Jô Moraes (PCdoB) e pelo deputado
Bonifácio Mourão (PSDB). Agora o PL tem que ser aprovado em redação
final.
Ipsemg - Foi, ainda, adiada
a discussão da indicação de Hélio César Brasileiro para presidente
do Ipsemg, a requerimento do deputado Antônio Carlos Andrada
(PSDB).
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