Direitos Humanos discute mortes de policiais
As investigações sobre o assassinato do cabo da
Polícia Militar Luiz Carlos Cota são o tema da reunião da Comissão
de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa, na próxima
quarta-feira (3/12/2003). O cabo Cota foi morto no dia 3 de dezembro
de 2000, quando era segurança do então prefeito de Betim, Jésus Lima
(PT). Ele estava dentro do carro de Jésus Lima e foi morto com dez
tiros que foram disparados contra o veículo. O então prefeito não
estava dentro do carro, mas as investigações sobre o caso apontaram
que ele seria o alvo do atentado.
Conduzida pela 4a Delegacia de
Homicídios e depois assumida pelo Ministério Público, a investigação
não conseguiu elucidar até hoje quem é o autor do crime. A reunião,
que atende a requerimento do presidente da comissão, deputado Durval
Ângelo (PT), será no Auditório, a partir das 9 horas.
Outras duas mortes não esclarecidas de policiais
militares também estão na pauta da reunião. O tenente Márcio dos
Anjos, que pertencia ao serviço de inteligência da PM, foi executado
à queima-roupa na porta de casa, em Santa Luzia, na Grande BH, no
dia 4 de junho de 1998. O MP chegou a oferecer denúncia contra os
suspeitos do crime, mas o processo foi destruído no incêndio que
atingiu o fórum de Santa Luzia em janeiro do ano passado. Já o
tenente Onofre Xavier Dias foi morto no dia 26 de maio deste ano,
também na porta de casa, em Belo Horizonte. O crime ainda está sendo
investigado pela Delegacia de Furtos e Roubos, e a polícia alega que
ele foi vítima de latrocínio, mas a família do policial contesta
essa versão.
Foram convidados para a reunião o comandante-geral
da PM, coronel Sócrates Edgard dos Anjos; o promotor Marcelo Mattar
Diniz; o titular da 4a Delegacia de Homicídios, Leandro
Almada Costa; o delegado da Furtos e Roubos, Valter Felisberto; o
presidente da Associação dos Praças, Policiais e Bombeiros,
subtenente Luiz Gonzaga Ribeiro; e a viúva do cabo Cota, Heloísa
Geralda Eusébio, além de parentes dos outros dois
policiais.
|