Uniformes escolares poderão conter logomarcas de empresas

Parecer de 2º turno do Projeto de Lei (PL) 585/2003, do deputado Paulo Cesar (PFL), foi aprovado nesta quinta-feira (...

27/11/2003 - 15:15
 

Uniformes escolares poderão conter logomarcas de empresas

Parecer de 2º turno do Projeto de Lei (PL) 585/2003, do deputado Paulo Cesar (PFL), foi aprovado nesta quinta-feira (27/11/2003), na Comissão de Educação, Cultura, Ciência e Tecnologia da Assembléia Legislativa. O projeto autoriza empresas públicas ou privadas a gravar sua logomarca em uniforme, mochila, pasta e material escolar doado a aluno de escola pública estadual.

Para o relator, deputado Dalmo Ribeiro Silva (PSDB), o projeto incentiva a parceria entre empresas e escolas, refletindo as políticas públicas atuais, que identificam na parceria uma forma de enfrentar o problema da escassez de recursos orçamentários. O deputado ressaltou que, quanto aos aspectos educacionais, "reafirmamos nossa opinião de que a proposição se reveste do cuidado necessário para proteger a imagem da criança ou do adolescente, não apenas por limitar o tamanho das logomarcas, e por determinar a obrigatoriedade de doação de uniformes e material escolar para um mínimo de 50% dos alunos matriculados na respectiva escola, mas também por vedar o credenciamento de empresas que, direta ou indiretamente, divulguem a propaganda de fumo, bebidas alcoólicas, jogos de azar, atividades político-partidárias ou que atentem contra a moral e os bons costumes".

Recursos do Fundef serão divulgados mensalmente

Em 1º turno, a comissão aprovou parecer do PL 61/2003, do deputado Jayro Lessa (PL), que acrescenta dois parágrafos ao artigo 1º da Lei 12.768/1998, que regulamenta o artigo 197 da Constituição do Estado. O projeto prevê a divulgação de quadro demonstrativo mensal da movimentação de recursos do Fundef pela internet e sua afixação nas Superintendências Regionais de Ensino e nas escolas da rede estadual.

Em seu relatório, o deputado Leonardo Quintão (PMDB) lembrou que, mesmo com todos os mecanismos de controle já previstos na lei de criação do Fundef, ainda há muitas denúncias de irregularidades em sua aplicação, e a publicação do demonstrativo pela internet e nas superintendências vai ajudar os cidadãos a acompanharem os gastos.

Também em 1º turno foi aprovado o parecer do PL 323/2003, do deputado Leonardo Quintão, que institui a prática do xadrez nas escolas da rede pública estadual. O autor disse que a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social e Esportes, antecipando-se à aprovação da lei na Assembléia, firmou convênio com a Federação Mineira de Xadrez. O objetivo é desenvolver um projeto-piloto em 50 escolas, dez de Ribeirão das Neves e 40 de Belo Horizonte, para a prática do xadrez, beneficiando inicialmente 25 mil alunos.

Em seu relatório, o deputado Weliton Prado (PT) destacou que o xadrez é um excelente exercício mental e que, de acordo com estudos, o jogo influi positivamente na formação da personalidade e sua prática ajuda as pessoas a assimilarem novos conhecimentos. Ele disse ainda que contrariamente ao que argumentou a Comissão de Constituição e Justiça, em seu parecer, o jogo de xadrez é uma atividade que, de acordo com os parâmetros curriculares, integra os conteúdos desenvolvidos na educação física, assim como outras atividades lúdicas.

"Por isso não há necessidade de nova norma para disciplinar a inclusão do xadrez como atividade da educação física, conforme propôs emenda da CCJ, razão pela qual rejeitamos a emenda nº 1 daquela comissão", destacou. Para ele, a prática do xadrez figura mais como conteúdo pedagógico opcional, de acordo com os objetivos da política proposta pelo Ministério da Educação. Ele apresentou o substitutivo nº 1, que fez tal adequação.

A inclusão de conteúdos referentes à cidadania nos currículos do ensino fundamental é o teor do PL 625/2003, dos deputados Adalclever Lopes (PMDB) e Luiz Fernando Faria (PSDB), cujo parecer de 1º turno também foi aprovado na Comissão de Educação. Para o relator, deputado Dalmo Ribeiro Silva, a cidadania trabalhada de forma interdisciplinar contribui para "a superação dos paradigmas obsoletos de ensino, nos quais cada disciplina simplesmente se ocupa do seu conjunto de conteúdos de forma isolada".

A comissão aprovou mais nove proposições que dispensam a apreciação do Plenário e aprovou requerimento do deputado Adalclever Lopes, que solicita ao governo do Estado a inclusão dos inspetores no quadro de carreira dos especialistas em educação, nos projetos sobre a carreira do Magistério a serem enviados à Assembléia.

Presenças - Participaram da reunião os deputados Weliton Prado (PT), que a presidiu; Dalmo Ribeiro Silva (PSDB), Paulo Cesar (PFL) e Leonardo Quintão (PMDB).

 

 

 

 

 

 

 

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