Plenário aprova criação da Codemig e redação final de Taxa de Incêndio

O Plenário aprovou em 1º turno, na tarde desta quarta-feira (26/11/2003), o Projeto de Lei (PL) 1.004/2003, do govern...

26/11/2003 - 18:45
 

Plenário aprova criação da Codemig e redação final de Taxa de Incêndio

O Plenário aprovou em 1º turno, na tarde desta quarta-feira (26/11/2003), o Projeto de Lei (PL) 1.004/2003, do governador, que altera a denominação da Companhia Mineradora de Minas Gerais (Comig), que passa a se chamar Companhia de Desenvolvimento Econômico (Codemig). A nova empresa incorpora a Companhia de Distritos Industriais (CDI), a Empresa Mineira de Turismo (Turminas) e o passivo da Companhia de Desenvolvimento Urbano (Codeurb), estatal que se encontra em liqüidação. O projeto foi aprovado com as emendas nºs 1 a 5 e 10 a 18, sendo rejeitadas as emendas nºs 7 a 9, 12 a 17 e 19 e mais as nºs 6 e 11, votadas destacadamente. Ele voltou à Comissão de Administração Pública no final da tarde, sendo o parecer aprovado na forma do vencido em 1º turno. O projeto está na pauta das reuniões das 9 e das 14 horas desta quinta (27).

Taxa de Incêndio - O Plenário aprovou, ainda, em redação final, o PL 1.078/2003, do governador, que cria, entre outras, a Taxa de Serviço Potencial de Extinção de Incêndio. O projeto vai agora à sanção do governador.

Foram aprovados ainda, em 2º turno, seis projetos e mais um em 1º turno (veja texto abaixo). A requerimento do deputado Rogério Correia (PT), foi adiada a discussão e a votação do PL 837/2003, do governador Aécio Neves, que doa imóvel para Lima Duarte. De acordo com o PL 1.004/2003, a Codemig vai ser responsável pelos projetos de desenvolvimento para o Estado, pela exploração de atividades minerais e administração dos hotéis nas estâncias hidrominerais. O Estado será o detentor de 51% do capital da empresa, que seria vinculada organizacionalmente à Secretaria de Desenvolvimento Econômico.

Emendas ao PL 1.004/2003 que foram aprovadas

A emenda nº 1, da Comissão de Constituição e Justiça, suprimiu o artigo que permitia a transferência de imóvel do Estado para a empresa. Das emendas apresentadas na Comissão de Administração Pública, a nº 2 acrescentou mais uma atribuição à Codemig, a de proteger os mananciais hidrominerais de concessão da empresa. As emendas nºs 3 e 4 incluíram aperfeiçoamentos, com o objetivo de dar agilidade aos atos administrativos da empresa; e a nº 5 proibiu a contratação de obras pagas com recursos da Codemig, antes de serem concluídas outras obras contratadas com recursos da empresa que agora se extingue, a Comig.

Na fase de discussão em Plenário, o projeto recebeu mais 14 emendas. As de maior destaque e que foram acatadas pelo relator, deputado Domingos Sávio (PSDB), foram a nº 10, do deputado Laudelino Augusto (PT), que incluiu a responsabilidade pelo planejamento de instalação de áreas industriais em regiões estratégicas do Estado; e a nº 18, do deputado Fábio Avelar (PTB), que dá poderes à Codemig para explorar minérios em qualquer parte do País e até no exterior, como novas atribuições da empresa.

Emenda que previa desapropriação de ações da Solaris é rejeitada

Entre as emendas rejeitadas está a nº 6, votada em separado, por requerimento do deputado Rogério Correia. A emenda dispunha sobre a desapropriação, pelo Estado, dos 2,5% de ações da empresa Solaris, do capital da Comig. O líder da oposição destacou que o bloco iria votar pela aprovação do projeto, por considerá-lo correto, mas com a ressalva de que precisaria haver uma investigação sobre a compra das ações da Comig pela Solaris.

Rogério Correia relembrou que essa empresa tem sede nas Bahamas e até hoje o Ministério Público não conseguiu identificar seus proprietários. O dinheiro dos dividendos da empresa está sendo depositado em juízo, "mas até agora não apareceu ninguém para retirá-lo", informou. As ações foram adquiridas do BNDES pela Solaris em processo considerado por Rogério Correia "no mínimo estranho". Ele disse que os 2,5% de ações estiveram à venda por 45 dias, prazo em que a Comig tinha a preferência de compra. "Vencido o prazo, com o desinteresse da Comig, um dia depois a Solaris comprou o lote, pagou somente 10% do valor, ou R$ 120 mil, e 30 dias depois já recebia R$ 250 mil de dividendos".

O deputado informou ainda que a aprovação do projeto foi condicionada à realização de uma audiência pública, na Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária, a ser requerida pelo colega de partido Laudelino Augusto; e, possivelmente, pelo requerimento de formação de uma comissão especial. Essa comissão investigaria as obras realizadas pela Comig, como abertura e pavimentação de estradas, reformas de hotéis, pavimentação de ruas, "ações que não constavam de suas finalidades", enfatizou Rogério Correia. O projeto foi votado com abstenção de Laudelino Augusto.

Outros projetos aprovados pelo Plenário

O Plenário aprovou em 2º turno os seguintes projetos:

* PL 845/2003, do deputado Doutor Ronaldo (PDT), que dispõe sobre a reserva de espaço em ônibus intermunicipais, destinado à afixação de cartazes sobre pessoas desaparecidas. No 1º turno, o projeto recebeu emenda em Plenário, do deputado Célio Moreira (PL), dispondo que o espaço pudesse ser usado também para divulgação de outras mensagens de interesse público;

* PL 119/2003, do deputado Dalmo Ribeiro Silva (PSDB), que obriga as agências bancárias a instalarem assentos nas filas especiais para aposentados, pensionistas, gestantes e deficientes físicos;

* PL 304/2003, da deputada Ana Maria Resende (PSDB), que aumenta para 90% do valor do investimento fixo o percentual que poderá ser financiado com recursos do Fundo de Fomento Socioeconômico de Minas Gerais (Fundese), por empreendimentos localizados nos Vales do Jequitinhonha, Mucuri e no Norte de Minas. Atualmente esse percentual é de 80%. Uma emenda ampliou o benefício para todos os municípios da área do Idene e também para os municípios com baixo Índice de Desenvolvimento Humano (inferior a 0,700);

* PL 361/2003, do deputado Bilac Pinto (PFL), que obriga a colocação de placas de sinalização nas rodovias estaduais indicando a distância do hospital mais próximo;

* PL 568/2003, do deputado Gil Pereira (PP), que autoriza a doação de imóvel ao município de Monte Azul;

* PL 633/2003, do deputado Paulo Piau (PP), que inclui a Organização das Cooperativas de Minas Gerais (Ocemg) e o Sebrae na composição do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social;

* PL 838/2003, do governador, que autoriza reversão de imóvel ao município de Pouso Alegre.

 

 

 

 

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