Grupos discutem propostas para reforma agrária no Estado

Quatro grupos de trabalho, formados pelos participantes do Fórum Técnico "Reforma Agrária em Minas: Impasses e Perspe...

25/11/2003 - 19:27
 

Grupos discutem propostas para reforma agrária no Estado

Quatro grupos de trabalho, formados pelos participantes do Fórum Técnico "Reforma Agrária em Minas: Impasses e Perspectivas", reuniram-se na tarde desta terça-feira (25/11/2003), na Assembléia de Minas. O objetivo dos grupos foi, à luz de um texto-base que introduziu cada temática, apresentar e discutir propostas a serem inseridas no documento final. Esse documento vai ser entregue nesta quarta-feira (26) ao presidente da Assembléia, deputado Mauri Torres (PSDB), durante a plenária final, a ser coordenada pelo deputado Rogério Correia (PT), autor do requerimento que originou o fórum.

O Grupo de Trabalho 1, reunido no Auditório, tratou de "Processo e procedimentos de reforma agrária", sob a coordenação do procurador federal do Incra, José Sérgio Pinto. Os participantes se debruçaram sobre o detalhamento dos procedimentos legais dentro do processo judicial de desapropriação para reforma agrária e justa indenização. Foi também apresentado o rito previsto nesse processo, previsto pelo artigo 184 da Constituição Federal, que se constitui das fases de postulação e instrução, intervenção do Ministério Público Federal e fase decisória e recursal.

"Meio ambiente e reforma agrária" foi o tema tratado no Grupo de Trabalho 2, que se reuniu no Hall das Bandeiras e foi coordenado pelo procurador-chefe da Feam, Joaquim Martins da Silva Filho. O coordenador definiu as linhas de estudo ambiental visando a reforma agrária, levando em consideração os seguintes aspectos: correlação entre a reforma e proteção ambiental; impactos da reforma agrária no ambiente; aspectos relativos às questões florestais, a recursos hídricos (uso da água: quantidade e qualidade), ao solo (manejo, uso de defensivos agrícolas e insumos) e à questão social. Também nesse grupo, foram abordados os temas "licenciamento ambiental", sob a ótica da reforma agrária, e experiências de reforma agrária a partir do licenciamento baseado na Deliberação Normativa nº 44, do Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam).

O Grupo de Trabalho 3, com o tema "Movimentos sociais e reforma agrária", foi coordenado pelo professor de Geografia Agrária da Uemg, Crispim Moreira e apresentou como pressupostos a vida digna no campo, a Carta da Terra e o Plano Nacional de Reforma Agrária. Foram sugeridas pelo coordenador propostas enfocando: gestão do território para o desenvolvimento agrário, defesa e promoção dos direitos humanos no campo, obtenção de terras que não cumprem função social, modos de implantação e desenvolvimento de assentamentos, recuperação dos assentamentos existentes, educação e formação de trabalhadores.

Com o tema "Legislação Agrária", o Grupo de Trabalho 4, coordenado pelo procurador do Iter, Abraão Soares dos Santos, listou os aspectos norteadores para a consolidação da legislação agrária e fundiária mineira. O coordenador sugeriu, inicialmente, algumas propostas para adequação da legislação às exigências sociais atuais, que seriam: a compilação das leis estaduais que possuem afinidade com o tema, mediante a "consolidação da legislação agrária mineira", e a reformulação ampla da Lei Estadual 11.020/93, que dispõe sobre as terras públicas e devolutas estaduais.

 

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