Trabalhadores Rurais expõem artesanato na Assembléia

Ervas medicinais, panos de prato, caminhos de mesa, verduras, ovos, roupas e livros são alguns dos produtos em exposi...

24/11/2003 - 15:53
 

Trabalhadores Rurais expõem artesanato na Assembléia

Ervas medicinais, panos de prato, caminhos de mesa, verduras, ovos, roupas e livros são alguns dos produtos em exposição na Feira de Artesanato dos Trabalhadores Rurais, no Hall das Bandeiras. A feira é atividade integrante do Fórum Técnico "Reforma Agrária em Minas: Impasses e Perspectivas" e conta com estandes de vários movimentos, como Liga dos Camponeses Pobres, MST, Comissão Pastoral da Terra, Instituto dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Vale do Jequitinhonha, e Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Minas Gerais.

Para Alice Mendes Pimenta, integrante do Movimento Terra, Trabalho e Liberdade, a feira de artesanato aparece como uma oportunidade de mostrar à sociedade o trabalho que é feito pelo homem do campo, além de ser uma forma de busca de reconhecimento dessas atividades. Segundo ela, o Movimento Terra, Trabalho e Liberdade congrega cerca de 485 famílias, que vivem na Fazenda Tangará, próxima a Uberlândia. Ela conta que, na fazenda, os trabalhos são divididos entre lavoura e artesanato.

Já para a presidente da Cooperativa Agropecuária e Silvicultura de São João do Paraíso, Vera Lúcia de Castro Silva Ferreira, a fira é um meio de mostrar uma forma inovadora de plantio: a que leva em conta a preservação da natureza. A cooperativa foi criada em 1999 e é composta por 20 trabalhadores rurais. Em 2001, a cooperativa criou uma indústria que extrai eucalipto para fazer óleo com propriedades terapêuticas, desinfetante e detergente. Vera Lúcia informa que a indústria, atualmente, gera cerca de 200 empregos, lutando até pela inclusão social de portadores de deficiência, que são responsáveis pela embalagem dos produtos.

Outra contribuição que a feira de artesanato está trazendo aos trabalhadores rurais é a de conscientizar a população sobre a realidade da construção de barragens que não é mostrada pelas empresas, ou seja, aquela realidade que trata das questões humanas, sociais e ambientais. Esta é a visão do integrante do Movimento dos Atingidos por Barragens, Claudiano José da Silva, que explica que o movimento é desenvolvido em âmbito nacional. Segundo ele, em Minas, o movimento é representado pelo Projeto Fumaça, que tem 322 famílias cadastradas. No estande, podem ser encontrados livros, jornais e folhetos explicativos sobre a problemática das barragens, camisetas, bonés; além de potes feitos com pedra sabão, principal meio de subsistência daquelas famílias.

O servidor da Coordenação de Orientação e Segurança (COS) da Assembléia Legislativa, Alcilito Pinto Alves, que visitou a Feira, considera a atividade importante para a valorização da cultura popular, que ainda se mantém forte no meio rural. A feira de artesanato dos trabalhadores rurais pode ser visitada até meio-dia desta quarta-feira (26/11/2003), no Hall das Bandeiras.

 

 

 

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