Setores envolvidos com a reforma agrária debatem em fórum da Alemg

Poucos dias após o presidente Lula encontrar-se com lideranças do MST, em Brasília, pedir "paciência" e afirmar que v...

27/11/2003 - 17:19
 

Setores envolvidos com a reforma agrária debatem em fórum da Alemg

Poucos dias após o presidente Lula encontrar-se com lideranças do MST, em Brasília, pedir "paciência" e afirmar que vai "morrer lutando pela reforma agrária", além de pedir "lealdade" aos "companheiros do MST", a Assembléia Legislativa de Minas Gerais realiza, de segunda a quarta-feira (24 a 26/11/2003), o Fórum Técnico "Reforma Agrária em Minas: Impasses e Perspectivas". Estarão presentes no evento, debatendo o tema e seus vários enfoques, representantes dos diversos setores envolvidos com a questão: movimentos da sociedade civil, produtores rurais, trabalhadores urbanos, rurais e sem-terra, Igreja, além do Poder Executivo federal e estadual, do Poder Judiciário, Ministério Público, universidades e outros, totalizando mais de 15 entidades apoiadoras.

Para o presidente da Assembléia, deputado Mauri Torres (PSDB), na definição de "qual" reforma agrária é possível fazer é que se dão os choques de visões e interesses entre os diversos atores sociais envolvidos. Mas, ressalta o presidente, não há dúvidas sobre a necessidade da reforma agrária e os benefícios sociais e econômicos que dela resultarão. Ainda segundo o presidente Mauri Torres, "somente será possível chegar a um consenso com um debate amplo", como propõe o Fórum.

Incra - Um dos órgãos representados no evento, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra-MG), subordinado ao Ministério do Desenvolvimento Agrário, tem como atribuição principal operacionalizar as ações da reforma agrária. Dados desse instituto mostram que, em Minas Gerais, 150 projetos de assentamentos já foram instalados, com cerca de 10 mil famílias assentadas. Segundo o Incra-MG, outras 13 mil famílias estão acampadas aguardando o acesso à terra no Estado.

Além de dificuldades internas (poucos funcionários e recursos, principalmente), o Incra, em Minas e em todo o Brasil, enfrentar problemas estruturais que prejudicam o andamento da reforma agrária, tais como: demanda crescente de famílias para acesso à terra e pressão social permanente nas regiões de conflito agrário; morosidade nos processos judicias de obtenção de terras para assentamentos; dificuldade de implantação de novos assentamentos por causa das restrições da legislação ambiental; recursos financeiros insuficientes para atender às demandas de investimentos nos projetos de assentamentos visando à geração de emprego e renda; dificuldade em implementar parcerias com órgãos estaduais em razão de problemas orçamentários.

 

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