Setores público e privado querem incentivar plantio de
florestas
Incentivar o plantio de florestas em Minas Gerais
pode ser uma excelente alternativa para geração de emprego e renda
no Estado. Essa foi a opinião predominante entre os presentes ao
lançamento da Frente Parlamentar da Silvicultura, na Assembléia
Legislativa, na manhã desta terça-feira (18/11/2003). O presidente,
deputado Mauri Torres (PSDB), ressaltou a importância do segmento
florestal para a economia do Estado e a urgência de incentivar o
plantio de madeira em Minas. Ele também destacou o caráter
suprapartidário da Frente, que já recebeu adesão de 28 deputados, de
diversos partidos.
Segundo o coordenador, deputado Paulo Piau (PP), a
idéia de criar a Frente surgiu a partir de um pedido de ajuda da
Associação Mineira de Silvicultura (AMS), ao presidente da
Assembléia deputado Mauri Torres. "Agradecemos ao presidente da Casa
por favorecer iniciativas como esta; Minas Gerais precisa de
desenvolvimento, de produção, de emprego", afirmou. O secretário de
Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, José Carlos
Carvalho, presente à solenidade, garantiu que o governador do Estado
está disposto a incentivar o plantio de florestas, com políticas
públicas que garantam o equilíbrio do meio ambiente. Ele acredita
que Minas Gerais tem uma "vocação natural" para a silvicultura e que
é possível aumentar o aproveitamento de áreas rurais que foram
desmatadas no passado.
Combate ao desemprego -
Durante a solenidade de lançamento da Frente, o presidente da AMS,
Antônio Claret de Oliveira, mostrou dados sobre desemprego, produção
industrial em baixa, e sobre a estagnação do PIB mineiro, o que,
segundo ele, justificaria o investimento no setor florestal. Ele
sugeriu a criação de uma secretaria de florestas plantadas no
Estado, a exemplo do que já acontece em outros países. Segundo ele,
a participação do Brasil no mercado mundial de produtos florestais é
de menos que 1% atualmente. O secretário José Carlos Carvalho
reconheceu que o setor enfrenta dificuldades, inclusive com a
legislação ambiental. "Mesmo assim, os produtos florestais este ano
já são responsáveis pela segunda maior receita cambial do país,
perdendo apenas para o complexo da soja", afirmou o secretário.
Apagão - O deputado Paulo
Piau disse que o Brasil corre o risco de ter que importar madeira do
Uruguai, nos próximos anos, uma vez que o consumo do produto hoje é
muito maior que o volume produzido. Na opinião dele, "é absurdo
importarmos de um país tão pequeno como o Uruguai". De acordo com o
deputado, representantes da empresa Cenibra garantiram,
recentemente, que poderiam estar produzindo o dobro de celulose no
país, se houvesse mais madeira disponível no mercado.
Presenças - Deputados Ana Maria Resende
(PSDB); Antônio Andrade (PMDB); Célio Moreira (PL); Dalmo Ribeiro
Silva (PSDB); Fábio Avelar (PTB); Gil Pereira (PP); Gustavo
Valadares (PFL); Doutor Viana (PFL); Laudelino Augusto (PT);
Leonardo Quintão (PMDB); Mauri Torres (PSDB); Paulo Piau (PP);
Doutor Ronaldo (PDT); Domingos Sávio (PSDB); Ermano Batista (PSDB) e
Wanderley Ávila (PPS); secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e
Ensino Superior, Bilac Pinto; secretário de Meio Ambiente e
Desenvolvimento Sustentável, José Carlos Carvalho; presidente da
Associação Mineira de Silvicultura, Antônio Claret de Oliveira; além
de prefeitos e vereadores.
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