Irregularidades nas obras da Lagoa da Pampulha são tema de reunião

Possíveis irregularidades nas obras de recuperação da Lagoa da Pampulha serão o tema da reunião conjunta das comissõe...

14/11/2003 - 19:21
 

Irregularidades nas obras da Lagoa da Pampulha são tema de reunião

Possíveis irregularidades nas obras de recuperação da Lagoa da Pampulha serão o tema da reunião conjunta das comissões de Meio Ambiente e Recursos Naturais e de Turismo, Indústria e Comércio da Assembléia Legislativa. Atendendo a requerimento do deputado Doutor Viana (PFL), as duas comissões vão cobrar explicações da Prefeitura de Belo Horizonte e do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (Iepha) para essas irregularidades. A reunião será na próxima quinta-feira (20/11/2003), às 9h30, no Auditório.

De acordo com informações do gabinete de Doutor Viana, as obras de recuperação da lagoa teriam sido iniciadas sem autorização do Iepha. Como a Pampulha é tombada pelo patrimônio histórico estadual, qualquer alteração no seu conjunto tem que ser autorizada pelo instituto. Além disso, o Iepha constatou que algumas obras já inauguradas, como o vertedouro, não correspondem ao que estava previsto no projeto original analisado pelo instituto. Por conta dessas irregularidades, o Ministério Público ofereceu denúncia contra a Secretaria Municipal de Estrutura Urbana no dia 10 de outubro deste ano. Alteração de aspecto de edificação protegida por lei sem permissão da autoridade competente é crime previsto na lei federal 9.605, de 1998. A pena varia de um a três anos de prisão, além de multa.

Para resolver o problema da contaminação por esgoto e rejeitos químicos e o assoreamento provocado por entulho e lixo, em 2001 teve início o Programa de Recuperação e Desenvolvimento Ambiental da Bacia da Pampulha (Propam), parceria entre as prefeituras de Belo Horizonte e Contagem. Estão sendo desenvolvidas ações corretivas na represa, como a retirada do entulho depositado no fundo da lagoa e a construção de um novo vertedouro. Também estão sendo canalizados os córregos Engenho Nogueira e Jaraguá e o ribeirão Pampulha. Além disso, serão feitas obras de urbanização e paisagismo para recuperar o projeto original de Burle Marx. O término das obras está previsto para o ano que vem, e o custo total do projeto é de R$ 74,59 milhões.

Convidados - Serão convidados para a reunião a presidente do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico, Vanessa Borges; o secretário municipal de Coordenação Urbana e Ambiental de Belo Horizonte, Murilo Valadares; o dirigente do Partido Verde, Décio Chiami; o coordenador executivo do Instituto Horizonte, Marcos Vilela Santana; o diretor financeiro da Associação Brasileira de Agências de Viagem, José Maurício de Miranda Gomes; e a arquiteta Jô Vasconcelos.

 

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