Projeto da Taxa de Incêndio passa pela terceira reunião em discussão

Na reunião ordinária de Plenário desta quarta-feira (12/11/2003), os deputados continuaram a discussão, em turno únic...

12/11/2003 - 20:07
 

Projeto da Taxa de Incêndio passa pela terceira reunião em discussão

Na reunião ordinária de Plenário desta quarta-feira (12/11/2003), os deputados continuaram a discussão, em turno único, do Projeto de Lei (PL) 1.078/2003, do Executivo, que altera a legislação tributária e cria a Taxa de Serviço Potencial de Extinção de Incêndio. O projeto, que tem prioridade na pauta porque não foi apreciado no prazo devido, continuaria em discussão na reunião extraordinária da noite. Na manhã desta quinta-feira (13), a proposição já estará em fase de votação, pois terá permanecido em discussão por quatro reuniões. Se houver emendas, a Presidência designará relator em Plenário, que poderá dar seu parecer de imediato ou pedir 24 horas para apreciar as emendas. Além da ordinária desta quinta, foi convocada reunião extra para as 9 horas.

No início da reunião desta quarta, o líder do Bloco PT/PCdoB, deputado Rogério Correia (PT), apresentou questão de ordem para que a reunião da tarde não fosse contada como uma das quatro destinadas à discussão do PL 1.078/2003. Segundo ele, não havia quórum para abri-la, e a ata da reunião anterior não tinha sido lida. O 1º-vice-presidente, deputado Rêmolo Aloise (PFL), informou, no entanto, que a Presidência havia considerado a ata aprovada.

Artigo 70 - Vários deputados usaram a Tribuna para falar pelo artigo 70. Esse artigo faculta ao líder (ou a quem ele determinar), em caráter excepcional, usar da palavra pelo tempo que o presidente da Assembléia prefixar, para tratar de assunto relevante e urgente ou responder a crítica dirigida à bancada ou ao bloco parlamentar a que pertença. O tema recorrente foi o veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a trecho de projeto federal que destinava às Apaes recursos do Fundo de Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef).

O primeiro deputado a usar a palavra pelo artigo 70 foi Dalmo Ribeiro Silva (PSDB), que apontou a "falta de sensibilidade" do presidente Lula, afirmando que os recursos são necessários à sobrevivência das Apaes. Segundo ele, as razões do veto foram "lacônicas e telegráficas". Ele também citou requerimento aprovado pela Comissão de Educação que reivindica do presidente a revisão do veto e o apoio da bancada mineira no Congresso. Em apartes, os deputados Chico Simões e Weliton Prado e a deputada Maria Tereza Lara, do PT, defenderam o trabalho desempenhado pelos dirigentes das Apaes, mas ponderaram que o veto foi aplicado por ser inconstitucional a aplicação de recursos do Fundef, que tem uma finalidade específica, em outros setores. Afirmaram que o governo federal dá importância à educação e à educação especial. Em outros apartes, os deputados Doutor Viana (PFL) e Paulo Piau (PP) apoiaram as palavras de Dalmo Ribeiro Silva.

O veto voltou ao debate quando o artigo 70 foi utilizado pelo deputado Chico Simões, que questionou o discurso "político-partidário" do deputado Dalmo Ribeiro Silva. Em aparte, este parlamentar afirmou que Simões é que partiu para o "embate político". Eles trocaram críticas, respectivamente, aos governos estadual e federal. Novos apartes foram feitos pela deputada Jô Moraes (PCdoB) e pelos deputados Weliton Prado e Rogério Correia, do PT. Chico Simões enfatizou que o problema das Apaes no Estado poderia ser resolvido pelos próprios deputados mineiros, por meio de mudanças no Orçamento para 2004. Para Dalmo, seu pronunciamento sofreu um "massacre" dos parlamentares do PT.

Medida Provisória sobre as Apaes - O último a usar a palavra pelo artigo 70, com três apartes, foi o deputado André Quintão (PT). Ele reafirmou as palavras dos demais deputados do partido, destacando ainda a necessidade de uma educação inclusiva e do atendimento aos portadores de deficiência. Em aparte, o deputado Laudelino Augusto (PT) informou que o governo federal editará Medida Provisória para garantir recursos às Apaes. Segundo ele, conforme notícias divulgadas pela imprensa na tarde desta quarta (12), os recursos poderiam vir do Orçamento da União para 2004 ou do próprio Fundef (neste caso, teria que haver mudança na Constituição).

Em apartes, os deputados Alencar da Silveira Jr. (PDT) e Célio Moreira (PL) abordaram questões relacionadas às escolas especiais e ao atendimento aos portadores de deficiência em Belo Horizonte. O parlamentar do PDT, além de criticar o governo federal, questionou várias ações da prefeitura da capital. Segundo ele, o programa Bolsa-Escola não beneficia, por exemplo, os portadores de deficiência. Já o deputado do PL comentou requerimento de sua autoria que solicita audiência pública para discutir a situação das escolas especiais. Ele reivindicou dos governos municipal e estadual incentivos fiscais para essas escolas.

Justiça de Paz - O deputado Antônio Carlos Andrada (PSDB), comunicou os 176 anos de existência da Justiça de Paz. De acordo com ele, essa data não pode ser, no entanto, comemorada, tendo em vista as dificuldades vividas pelos juízes. Apesar de já existir uma lei sobre a Justiça de Paz (13.454, de 2000), o Tribunal de Justiça não estaria obedecendo o artigo 24, que determina dotação própria no Orçamento para o pagamento desses profissionais.

Regiões Metropolitanas - Em questão de ordem, o deputado Leonardo Quintão (PMDB) comentou reunião de interiorização do Seminário Legislativo "Regiões Metropolitanas", realizada em Governador Valadares, em outubro. O deputado é autor do Projeto de Lei Complementar (PLC) 19/2003, que institui a Região Metropolitana de Valadares, e que poderá contribuir, na opinião dele, para o desenvolvimento do Leste de Minas. Referindo-se à reunião, o parlamentar lamentou as críticas que recebeu das autoridades locais pelo fato de ter apresentado a proposta.

Foi, ainda, recebida em Plenário mensagem do governador encaminhando o PL 1.239/2003, que altera a lei sobre o Fundo de Desenvolvimento Regional do Jaíba.

 

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