Direitos Humanos faz duas reuniões na segunda (10)

A Comissão de Direitos Humanos da Assembléia de Minas começa a semana realizando duas reuniões extraordinárias nesta ...

07/11/2003 - 17:14
 

Direitos Humanos faz duas reuniões na segunda (10)

A Comissão de Direitos Humanos da Assembléia de Minas começa a semana realizando duas reuniões extraordinárias nesta segunda-feira (10/11/2003), requeridas pelo presidente da comissão, deputado Durval Ângelo (PT). À tarde, deputados da comissão vão discutir a denúncia contra advogado que teria lesado moradores de conjunto habitacional, primeiramente, e depois, a questão dos refugiados africanos em Minas.

Às 14 horas, em reunião no Plenarinho II, a comissão vai tentar encaminhar uma solução para o problema dos moradores do Conjunto Marataízes, da MRV, próximo ao Conjunto Estrela Dalva, em Belo Horizonte. Na reunião da comissão no dia 29 de outubro, os mutuários denunciaram que um advogado teria se apossado do dinheiro de 16 famílias que entraram com ação contra a construtora, devido ao aumento abusivo nas prestações. Como conseqüência, esses moradores ficaram inadimplentes com a MRV, que agora move ação de despejo. Eles procuraram o Procon e denunciaram o advogado à OAB, mas essas entidades, até o momento, nada fizeram, de acordo com os mutuários. O deputado Durval Ângelo disse que o objetivo é discutir com representantes das partes e órgãos envolvidos uma solução, tentando sensibilizar a Justiça e a MRV para que não movam ação de despejo e pedindo à OAB o afastamento do advogado.

Também na segunda-feira, às 16 horas, a situação dos refugiados africanos que vivem em condições precárias em Minas vai ser tema de reunião da comissão na Secretaria Municipal dos Direitos de Cidadania (Rua Paraíba, 29/12o andar). Os deputados vão discutir a criação de uma rede de proteção aos refugiados, para garantir-lhes acesso ao mercado de trabalho e ao ensino superior. A justificativa para a criação desse instrumento seria a atual condição desse grupo no Brasil, principalmente os africanos, que não têm direito a trabalhar ou freqüentar universidade. A Comissão de Direitos Humanos já vem atuando nessa questão, sendo que a última iniciativa nesse sentido foi uma audiência pública na Assembléia realizada no dia 8 de outubro.

Na ocasião, estiveram presentes representantes da Associação dos Refugiados Africanos do Brasil (Arab), entidade criada em Minas em 2000, pelos próprios refugiados, e que tem uma atuação nacional. Com 60 integrantes originários de Angola, Guiné-Bissau e Camarões, a Arab vem trabalhando em parceria com as universidades federais de Minas Gerais, de Juiz de Fora e do Rio de Janeiro. Essas instituições permitem o ingresso de refugiados em seus cursos sem a necessidade de aprovação no vestibular.

 

 

 

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