Projeto da Taxa de Incêndio está pronto para Plenário

Está pronto para ser votado pelo Plenário o Projeto de Lei (PL) 1.078/2003, que altera a legislação tributária e cria...

06/11/2003 - 19:32
 

Projeto da Taxa de Incêndio está pronto para Plenário

Está pronto para ser votado pelo Plenário o Projeto de Lei (PL) 1.078/2003, que altera a legislação tributária e cria a Taxa de Serviço Potencial de Extinção de Incêndio. A proposição, que recebeu 41 emendas em Plenário, teve o parecer sobre essas emendas aprovado em reunião da Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária, na tarde desta quinta-feira (6/11/2003). Isso ocorreu após vários debates e a votação de oito destaques de trechos do substitutivo. Com a rejeição desses destaques, foi mantido o parecer do relator, deputado Mauro Lobo (PSB). Pelo fato de o projeto tramitar em regime de urgência, ele entra na pauta de Plenário na próxima semana com prioridade para votação, em turno único. A proposição vai travar a pauta, pois não foi apreciada até esta sexta (7) e, por isso, entrará na chamada "faixa constitucional".

O relator opinou pela rejeição de 36 das 41 emendas e apresentou o substitutivo nº 2, sendo o parecer aprovado com o voto contrário dos deputados Chico Simões (PT) e Sebastião Helvécio (PDT). O líder da Minoria voltou a criticar o que chamou de "rolo compressor" na análise da matéria, enfatizando que o povo será penalizado. Já o relator afirmou que, se há criação de nova taxa, como a de incêndio, a maior parte do projeto trata apenas da revisão de valores para aquelas já existentes e há casos em que existe, inclusive, redução. Também foi rejeitado requerimento do Bloco PT/PCdoB que reivindicava ao governador a retirada de urgência nos projetos da taxa de incêndio e de alteração do IPVA, bem como a interrupção da tramitação de todas as proposições que alteram tributos, até que seja concluída a votação da Reforma Tributária no Congresso Nacional.

Conteúdo do parecer aprovado

Entre as principais alterações propostas pelo substitutivo nº 2, está a adição de novos critérios para a isenção da taxa de incêndio. De acordo com o artigo 114, além das edificações com risco de incêndio de até 11.250 megajoules (ou seja, edificações de até 75 m²) e das residenciais e não-residenciais dos municípios onde não há unidade dos bombeiros, estarão isentas também as edificações residenciais que, cumulativamente, estejam situadas onde não exista unidade dos bombeiros, integrem região metropolitana e tenham um PIB por habitante igual ou inferior à metade da média do Estado.

Cinco emendas ficaram prejudicadas, sendo que duas delas foram acatadas na íntegra pelo relator: a nº 34, do deputado Pastor George (PL), isentando da Taxa Judiciária as ações de interesse de partido político e de templos de qualquer culto; e a nº 48, do deputado Weliton Prado (PT), que sugere a retirada do projeto de dispositivo que cria a taxa de processamento de desconto em folha, relativo a pagamento de empréstimos ou aquisição de bens e serviços por servidores da administração pública estadual, em favor do consignatário, no valor de 1%. O relator justifica que "o desconto em folha representa vantagem inequívoca às instituições financeiras ou comerciais, que têm assegurado o cumprimento das obrigações, contraídas pelos servidores, com absoluta pontualidade e baixo risco"; e considera que essa taxa "representaria um ônus para o servidor e anularia a vantagem referente à redução da taxa de juro da operação financeira, decorrente do baixo risco da operação".

Outras emendas rejeitadas - Três outras sugestões de emendas, apresentadas em reunião da última quarta-feira (5), foram rejeitadas. Uma, do deputado Célio Moreira (PL), em que sugeria a proporcionalidade entre o valor da taxa e a intensidade do risco de incêndio; uma, do deputado Olinto Godinho (PSDB), isentando Matozinhos da cobrança da taxa; e outra, do deputado Antônio Júlio (PMDB), cancelando créditos tributários objeto de litígio para o setor de medicamentos. A reunião chegou a ser interrompida para análise da proposta do deputado Antônio Júlio, que negou ser ela uma "emenda Frankstein" e que criticou o governo por não prever quem vai cobrar as taxas, quem as pagará de fato e quanto será arrecadado.

Destaques que foram rejeitados

Entre os oito destaques que foram rejeitados, está o que tinha o objetivo de anular a tabela com os valores de cobrança da Taxa Judiciária. Os deputados Sebastião Helvécio, Chico Simões e Jayro Lessa (PL) votaram contra o parecer do relator. Helvécio destacou que a Assembléia tem o ônus de aprovar o aumento da taxa, enquanto o próprio Judiciário teria afirmado, em audiência pública de comissão, que os valores estariam exagerados.

Outro destaque derrubado refere-se à emenda nº 35, que recebeu parecer pela rejeição do relator. Essa emenda, do deputado Pastor George (PL), isentava de ICMS todo tipo de templo religioso, nas contas telefônicas, de energia elétrica, de água e de gás. O relator alegou que, se acatada, a proposta representaria uma perda de receita de R$ 50 milhões. Votaram contra o parecer os deputados Chico Simões, Leonardo Moreira (PL) e José Henrique (PMDB). Depois de duas votações com empate, o presidente da comissão, deputado Ermano Batista (PSDB), acompanhou o parecer do relator, dando o "voto de minerva".

Também foi rejeitado destaque solicitado pelo deputado Weliton Prado (PT). Autor da emenda nº 49, ele propunha manter o valor de R$ 1,249 para a Ufemg, no exercício de 2004. O valor estabelecido para o ano que vem é o de R$ 1,50. O deputado Chico Simões criticou a adoção da Ufemg, cujo indexador é o IGP-DI, afirmando que este é o que mais majora os valores das taxas. Já o relator ponderou que esse indexador é adotado em outros Estados.

Presenças - Participaram da reunião os deputados Ermano Batista (PSDB), presidente; Jayro Lessa (PL), vice; Chico Simões (PT), Doutor Viana (PFL), José Henrique (PMDB), Mauro Lobo (PSB), Sebastião Helvécio (PDT), Irani Barbosa (PL), Dinis Pinheiro (PL), Adalclever Lopes (PMDB), Antônio Júlio (PMDB), Gilberto Abramo (PMDB), Pastor George (PL), Leonardo Moreira (PL), Rogério Correia (PT) e Elmiro Nascimento (PFL).

 

 

 

 

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