Adiada para hoje (6) votação de parecer sobre Taxa de Incêndio

Durante reunião da Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária, na manhã desta quarta-feira (5/11/2003), o rel...

06/11/2003 - 10:32
 

Adiada para hoje (6) votação de parecer sobre Taxa de Incêndio

Durante reunião da Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária, na manhã desta quarta-feira (5/11/2003), o relator do Projeto de Lei (PL) 1.078/2003, deputado Mauro Lobo (PSB), distribuiu aos demais integrantes da comissão avulsos (cópias) de seu parecer sobre as 41 emendas apresentadas em Plenário, no dia 29 de outubro. Na parte da tarde, diversos deputados, tanto da oposição quanto da base do governo, pediram a palavra para se manifestar contra o projeto, de autoria do governador, que cria a Taxa de Serviço Potencial de Extinção de Incêndio. Por isso, o relator apresentou um requerimento, aprovado pela comissão, pedindo o adiamento da votação para esta quinta-feira (6), às 16 horas.

Por estar tramitando em regime de urgência, a proposição precisa ser votada até esta sexta-feira (7). Caso contrário, entrará na chamada "faixa constitucional", sendo incluída na pauta do Plenário, em turno único, com prioridade para votação. Os deputados Antônio Júlio (PMDB) e Rogério Correia (PT) pediram que o presidente da comissão, deputado Ermano Batista (PSDB), entrasse em contato com o líder do governo na Assembléia, deputado Alberto Pinto Coelho (PP), para que fosse retirado o pedido de urgência na tramitação da matéria. Com isso, os parlamentares poderiam ganhar mais tempo para discutir a proposição. Ermano Batista afirmou que esse contato seria feito ainda nesta quarta-feira (5), mas não garantiu que o líder do governo acataria a solicitação.

Conteúdo do parecer

Em seu parecer, o relator opina pela rejeição de 36 emendas e apresenta o substitutivo nº 2. Se ele for aprovado, cinco emendas ficarão prejudicadas, sendo que duas delas foram incorporadas ao novo texto. Entre as principais alterações propostas pelo substitutivo nº 2, está a adição de novos critérios para a isenção da taxa de incêndio. De acordo com o artigo 114, além das edificações com risco de incêndio de até 11.250 megajoules (ou seja, edificações de até 75 m²) e das residenciais e não-residenciais dos municípios onde não há unidade dos bombeiros, estarão isentas também as edificações residenciais que, cumulativamente, estejam situadas onde não exista unidade dos bombeiros, integrem região metropolitana e tenham um PIB por habitante igual ou inferior à metade da média do Estado

As duas emendas acatadas pelo relator são: a nº 34, do deputado Pastor George (PL), isentando da Taxa Judiciária as ações de interesse de partido político e de templos de qualquer culto; e a nº 48, do deputado Weliton Prado (PT), que sugere a retirada do projeto de dispositivo que cria a taxa de processamento de desconto em folha, relativo a pagamento de empréstimos ou aquisição de bens e serviços por servidores da administração pública estadual, em favor do consignatário, no valor de 1%. O relator justifica que "o desconto em folha representa vantagem inequívoca às instituições financeiras ou comerciais, que têm assegurado o cumprimento das obrigações, contraídas pelos servidores, com absoluta pontualidade e baixo risco"; e considera que essa taxa "representaria um ônus para o servidor e anularia a vantagem referente à redução da taxa de juro da operação financeira, decorrente do baixo risco da operação".

Durante a reunião da tarde desta quarta-feira, três outras sugestões de emendas foram apresentadas. Uma, do deputado Célio Moreira (PL), em que propõe a proporcionalidade entre o valor da taxa e a intensidade do risco de incêndio; uma, do deputado Olinto Godinho (PSDB), isentando Matozinhos da cobrança da taxa; e outra, do deputado Antônio Júlio (PMDB), cancelando créditos tributários objeto de litígio para o setor de medicamentos.

Presenças - Compareceram à reunião da manhã os deputados Ermano Batista (PSDB), presidente; Chico Simões (PT); Mauro Lobo (PSB); e José Henrique (PMDB).

 

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