Comissão discute produção de cafés especiais
A produção de cafés especiais é o tema da reunião
da Comissão Especial da Cafeicultura Mineira na próxima quinta-feira
(30/10/2003). O objetivo é discutir as relações entre produtores,
indústria e comércio desse tipo de café. Também serão abordados a
certificação de qualidade e origem do café orgânico, o crescimento
da participação desses dois tipos de bebida no mercado e os
diferentes custos de produção das duas modalidades de grão. A
reunião começa às 9h30, no Plenarinho III.
O café especial caracteriza-se pela qualidade
superior do grão, que tem reflexo direto no sabor da bebida. Pode
ser um café de variedade rara, produzido em quantidades limitadas,
cuja colheita, secagem e armazenamento seguem rígidos padrões para
assegurar a pureza do grão. Também pode ser considerado café
especial o café orgânico, desde que ele atinja esse patamar de
qualidade. A qualidade confere ao café especial uma vantagem
inegável: o preço. Enquanto a cotação do café arábica varia entre R$
165 e R$ 173, os melhores cafés especiais chegam a ser
comercializados a R$ 725 a saca.
Criada para analisar a situação da cafeicultura no
Estado, a comissão já discutiu com especialistas diversos aspectos
relativos à cadeia de produção, tecnologias de pesquisa e
comercialização, qualidade do café, mecanismos de financiamento e
distribuição do produto. Após ouvir as reivindicações dos produtores
e discutir alternativas com especialistas na Assembléia, os membros
da comissão vão elaborar um relatório com sugestões para uma
política estadual de incentivo ao setor. Eles pretendem levar esse
documento ao governador Aécio Neves e ao presidente Luiz Inácio Lula
da Silva.
Foram convidados para a reunião o secretário
executivo do Procon Estadual, Amauri Artmos da Mata; o
secretário-executivo e o presidente da Associação de Cafeicultura
Orgânica do Brasil, Sérgio Pedini e Ivan Franco Caixeta,
respectivamente; o classificador de café Israel Souza Costa; o
diretor-presidente da Associação de Cafés Especiais de Minas Gerais,
Sérgio Cotrim D'Alessandro; o presidente da Associação Brasileira de
Cafés Especiais, Marcelo Weyland Barbosa Vieira; o
secretário-executivo do Certcafé, João Nelson Gonçalves Rios; o
diretor-superintendente da Ipanema Agrícola, Washington Luiz Alves
Rodrigues; e a consultora da Cooperativa dos Cafeicultores de Três
Pontas, Vanúzia Nogueira.
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