Projeto de certificação do queijo tem mais um parecer contrário

A Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária da Assembléia Legislativa de Minas Gerais opinou pela rejeição d...

22/10/2003 - 12:44
 

Projeto de certificação do queijo tem mais um parecer contrário

A Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária da Assembléia Legislativa de Minas Gerais opinou pela rejeição do Projeto de Lei (PL) 337/2003, que determina a certificação do queijo minas artesanal. O parecer contrário à proposta foi aprovado na reunião da comissão desta quarta-feira (22/10/2003). O relator, deputado Doutor Viana (PFL), reconhece que o projeto não cria despesa para o Estado, mas lembra que a Lei 14.185, de 2002, já trata do mesmo assunto. Sancionada em 2002, essa lei regulamentou a produção do queijo minas artesanal a partir do leite de vaca fresco e cru. O projeto também recebeu parecer contrário da Comissão de Política Agropecuária e favorável da Comissão de Constituição e Justiça, e agora está pronto para votação em Plenário em 1o turno.

O objetivo do projeto, do deputado Agostinho Patrús (PTB), é garantir a verificação da qualidade do queijo minas produzido artesanalmente e a preservação das características peculiares das regiões produtoras da Serra do Salitre, da Serra da Canastra e do Serro, que seriam demarcadas. Prevê a criação de um selo de qualidade e penalidades para os produtores não-certificados que utilizarem indevidamente a denominação queijo minas artesanal.

Também recebeu parecer pela rejeição o PL 785/2003, do deputado Leonardo Moreira (PL), que cria o Programa Mineiro de Incentivo à Pecuária de Leite. O projeto determina o desenvolvimento de diversas ações para aumentar a produtividade do setor, como pesquisas para o melhoramento genético dos rebanhos, assistência técnica para os produtores e fornecimento de leite para alunos de escolas públicas. Como justificativa para a rejeição, o relator, deputado Doutor Viana (PFL), lembra que o projeto tem a mesma finalidade da Lei 14.581, de 2003, que criou o Pró-Leite.

Pareceres pela aprovação

Três projetos receberam pareceres favoráveis e estão prontos para o 1o turno em Plenário. O PL 538/2003, da deputada Ana Maria Resende (PSDB), que altera os limites dos financiamentos do Funderur a serem concedidos aos empreendimentos localizados nos Vales do Jequitinhonha e Mucuri e Norte de Minas. Atualmente, os valores dos empréstimos são limitados a 80% do total dos investimentos fixos e semifixos, a 70% do custeio do primeiro e segundo anos e a 30% do capital circulante do tomador de empréstimo. Caso o projeto seja aprovado, esses percentuais passam para respectivamente, 90%, 80% e 40%.

O relator, deputado Doutor Viana, apresentou o substitutivo no 2 e opinou pela rejeição do substitutivo no 1, da Comissão de Política Agropecuária. Esse substitutivo estende o benefício relativo ao capital circulante somente para as cooperativas e associações de produtores. Já o substitutivo apresentado pelo relator estende os benefícios do projeto a todos os municípios com Índice de Desenvolvimento Humano inferior a 0,700, independente da região em que estejam localizados.

Outro projeto que recebeu parecer pela aprovação é o PL 767/2003, do deputado Leonardo Moreira, que cria o Programa 1o Crédito para a Juventude Rural, que consiste em financiamentos para trabalhadores rurais com idade entre 18 e 32 anos, de famílias com renda anual inferior a R$ 30 mil. O relator, deputado Sebastião Helvécio (PDT), opina pela aprovação na forma do substitutivo no 1, da CCJ, que transforma o programa de financiamento em política de incentivo à juventude rural.

Também recebeu parecer favorável o PL 944/2003, do governador, que autoriza o Executivo a retroceder um imóvel em Belo Horizonte a Júlio Godoy. O relator, deputado Doutor Viana, alega que a retrocessão não gera despesa para o Estado.

Retirada de pauta - Três projetos constantes da pauta não foram analisados. Os PLs 311 e 708, ambos de 2003, foram retirados de pauta. Já o PL 406/2003 teve a votação adiada porque o relator, deputado Doutor Viana, pediu prazo regimental para emitir seu parecer. O requerimento 1.609/2003 foi rejeitado por unanimidade. De autoria da deputada Ana Maria Resende, o requerimento pede que seja enviado ofício ao governo do Estado para que seja elevada a alíquota de ICMS sobre os solventes, de modo inibir a adulteração de combustíveis.

Presenças - Participaram da reunião os deputados Ermano Batista (PSDB), presidente; Doutor Viana (PFL); José Henrique (PMDB); Sebastião Helvécio (PDT); e Mauro Lobo (PSB).

 

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