Reunião especial homenageia Isaac Leite, da Cooxupé

Se Minas Gerais fosse um país, seria o maior produtor de café do mundo. Em nosso Estado está localizada a maior coope...

21/10/2003 - 14:53
 

Reunião especial homenageia Isaac Leite, da Cooxupé

Se Minas Gerais fosse um país, seria o maior produtor de café do mundo. Em nosso Estado está localizada a maior cooperativa de cafeicultores do país, a Cooxupé, que movimenta 2,1 milhões de sacas por ano, tem 9 mil associados e 1.200 funcionários atendendo em 15 núcleos e cobrindo a produção de 103 municípios de Minas e São Paulo. O homem que construiu essa história de sucesso ao longo de 70 anos é Isaac Ribeiro Ferreira Leite. Aos 92 anos de idade, ele recebeu na noite da última segunda-feira (19/10/2003) uma homenagem no Plenário da Assembléia, por iniciativa do deputado Doutor Viana (PFL).

A reunião especial foi presidida pelo deputado Rêmolo Aloise (PL) e teve a participação, além do deputado Doutor Viana, de dois parlamentares cuja base eleitoral está na área de atuação da Cooxupé: Sebastião Navarro Vieira (PFL), de Poços de Caldas, e Laudelino Augusto (PT), de Itajubá. Compuseram ainda a mesa da solenidade o presidente da Comissão do Café na Confederação Nacional da Agricultura, João Roberto Puliti; o presidente da Federação da Agricultura do Estado de Minas Gerais, Gilman Viana Rodrigues; o atual presidente da Cooxupé, Carlos Paulino; e o superintendente comercial, Otto Vilas Boas. Também José do Carmo de Paula Braga, o prefeito de Monte Santo de Minas, cidade natal do homenageado, compôs a mesa.

O presidente da reunião, deputado Rêmolo Aloise, referiu-se a Isaac Leite como "notável exemplo para as novas lideranças", por ter montado um sistema de cooperação "justo e livre". Aloise afirmou ainda que o dinheiro do café foi que financiou a industrialização do Brasil. Doutor Viana revelou sua visita à Fazenda Bocaina, onde o homenageado vive com sua esposa, dona Vevinha. "Apesar de formar-se como engenheiro e ter vivido muitos anos trabalhando em São Paulo, Isaac Leite continuou a ser o mineiro típico, homem ameno e educado, que se realizava nas visitas que fazia à fazenda dos pais".

João Roberto Puliti se referiu a Isaac como "liderança altiva e carismática, um visionário que enxergou muito além do seu tempo". Informou que o café gera 8,5 milhões de empregos no país e movimenta a economia de mais de 1.500 municípios. Otto Vilas Boas, que cuida das exportações da Cooxupé, considerou o homenageado "criativo, enérgico, progressista, sempre atrás de coisas maiores. Sempre foi bravo e exigente, mas educado e bom".

"Sou mineiro, uai, o que fazer? Sou filho e neto de mineiros", explicou-se o homenageado, ao dirigir-se à tribuna. "Minha vida ganhou significado social no cooperativismo. Tivemos que sobreviver a várias crises do café, até nos tornarmos a maior cooperativa de cafeicultores do Brasil. Não tínhamos armazém. Hoje somos capazes de armazenar 3 milhões de sacas de café. Nada é capaz de vencer o binômio confiança e trabalho, que adotamos no início".

Aos 92 anos, participando da Cooxupé desde sua fundação, em 1932, quando era apenas uma cooperativa de crédito agrícola, e assumindo sua liderança a partir de 1957, quando se transformou em cooperativa de cafeicultores, Isaac Leite mostra um vigor, uma lucidez e uma saúde pouco comuns em homem da sua idade. No coquetel que se seguiu, Isaac Leite também mostrou que mantém inalteráveis a verve e o carisma que conquistaram uma legião de admiradores nos últimos 50 anos.

 

 

 

 

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