Lixo e cidadania é tema de debate público no dia 27

A situação dos catadores de lixo e dos incipientes trabalhos de reciclagem será tema de um debate público na Assemblé...

17/10/2003 - 22:48
 

Lixo e cidadania é tema de debate público no dia 27

A situação dos catadores de lixo e dos incipientes trabalhos de reciclagem será tema de um debate público na Assembléia Legislativa de Minas Gerais, no próximo dia 27, segunda-feira, de 14 às 18 horas. O debate "Lixo e Cidadania", que será realizado no Plenário, mobiliza três comissões permanentes da Assembléia: as de Participação Popular, de Meio Ambiente e do Trabalho. Experiências do Recife, de São Paulo e Belo Horizonte serão apresentadas por expositores e debatidas por autoridades federais e estaduais como o secretário-geral da Presidência da República, Luiz Soares Dulci; o secretário de Estado do Meio Ambiente, José Carlos Carvalho; e o secretário de Estado do Desenvolvimento Social e Esportes, dep. João Leite. Os trabalhos serão coordenados pelos deputados Maria José Haueisen (PT), Alberto Bejani (PTB) e André Quintão (PT), que presidem as três comissões envolvidas.

O Brasil produz mais de 125 mil toneladas de lixo por dia, e 70% são acumulados em lixões a céu aberto nas periferias das cidades, contaminando o solo, a água e o ar, e infectando com zoonoses milhares de pessoas que retiram seu sustento desses detritos. As imagens de crianças vivendo nos lixões e disputando restos com cachorros e urubus indignam a opinião pública e comovem as autoridades. Recentemente, o presidente Lula criou um grupo interministerial de trabalho para promover a inclusão social de 500 mil catadores de lixo, retirando-os da linha da miséria e lhes dando o status de recicladores de resíduos.

Belo Horizonte, que coleta mensalmente 40 mil toneladas de lixo domiciliar, tem para mostrar o trabalho da Asmare, uma associação de catadores de material reciclável que seleciona 450 toneladas por mês de papel, papelão, revistas, jornais, latas de alumínio, embalagens PET e plásticos, empregando 380 pessoas, sendo 27 na reciclagem, todas ex-moradoras de rua. O trabalho começou em 1987, com a Pastoral de Rua. A coleta seletiva já vem sendo feita experimentalmente em várias regiões da cidade. A Asmare agora volta suas atenções para as 30 toneladas diárias de lixo da Ceasa, das quais 70% são orgânicos e podem ser transformados em adubo.

 

 

 

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