Estragos na BR-381 são tema de reunião da Comissão de Transportes

As obras de substituição do solo mole, de baixa resistência, na rodovia Fernão Dias, são necessárias, mas podem durar...

09/10/2003 - 18:58
 

Estragos na BR-381 são tema de reunião da Comissão de Transportes

As obras de substituição do solo mole, de baixa resistência, na rodovia Fernão Dias, são necessárias, mas podem durar 15 meses, segundo o diretor de Construção do Departamento de Estradas de Rodagem (DER/MG), Haroldo Carlos da Costa. Ele foi um dos convidados da Comissão de Transportes e Obras Públicas da Assembléia Legislativa, nesta quinta-feira (9/10/2003). A comissão também discutiu a ausência de balanças para pesagem de caminhões nas rodovias estaduais e federais de Minas. Segundo Haroldo da Costa, um estudo feito em 1997/1998 constatou a presença do solo de baixa resistência na BR-381, e o Tribunal de Contas da União concluiu, em 2000, pela regularidade do projeto de substituição. O prazo, ressaltou, não foi cumprido porque o projeto avaliou apenas a substituição do solo mole em alguns pontos.

Responsáveis - O deputado Célio Moreira (PL), presidente da comissão, cobrou do DER informações já solicitadas sobre o andamento das obras na 381, e que, segundo ele, até hoje não chegaram à Assembléia. Os deputados Laudelino Augusto e Célio Moreira perguntaram aos representantes do DER em quantos lotes a BR-381 foi dividida e quais as empresas e engenheiros responsáveis. Haroldo Carlos da Costa disse que inicialmente foram 11 lotes, mas como os recursos não foram suficientes, essa divisão passou de 11 para três lotes. Sobre os nomes das empresas e técnicos, ele afirmou que no relatório pedido pela comissão constará todas essas informações.

Excesso de peso e solo inadequado causam estragos

Na opinião de Célio Moreira, a maioria dos estragos nas estradas são causados por causa do excesso de peso nos caminhões, em combinação com a péssima qualidade do solo mole. O assessor do DER, Lindberg Ribeiro Garcia, admitiu que o excesso de cargas traz danos para as rodovias e que o DER vem tentando combater isso. "Hoje, o DER conta com nove postos fixos de pesagens de e duas balanças móveis funcionando desde 1990. Hoje, elas funcionam precariamente, mas, ainda assim, com essas balanças, nós evitamos as rotas de fuga", ressaltou.

Álvaro Campos de Carvalho, do Dnit, afirmou que o Departamento dispõe de uma rede de 17 pontos para balanças, mas apenas cinco têm condições de operar devido à falta de verbas. "Em 2000 houve falta crônica de investimento do governo federal", ressaltou Álvaro Campos. Atualmente, cinco pontos já foram recuperados e os outros estão sendo analisados em um novo plano de pesagem realizado em Brasília. Álvaro garantiu que, até o mês de novembro, cinco postos serão implantados.

Requerimentos aprovados - Também na reunião, foram aprovados quatro requerimentos, sendo dois do deputado Laudelino Augusto e dois do Célio Moreira. Laudelino Augusto solicitou cópia do relatório produzido pelo Ministério da Fazenda, ao diretor do DER, a pedido do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) sobre a BR-281, questionando também quais foram as renovações nos contratos para o projeto, construção e fiscalização dessa rodovia. Em outro requerimento, o parlamentar pediu audiência pública para debater o modelo de fiscalização feito pela Receita Federal e estadual no transporte de carga, inclusive ferroviário, no Estado.

Célio Moreira solicitou ao diretor-geral do DER um relatório esclarecendo qual o volume de de solo mole contratado à R$ 16,00 o m³, e qual o volume pago à R$ 4,00 m³; e cópias de todos os contratos assinados com empresas para construção e/ou manutenção de balanças nas estradas de Minas. O deputado Célio Moreira falou que vai marcar uma visita aos locais de substituição do solo e pediu um prazo até o dia 16 de outubro para que todos os documentos pedidos sejam entregues.

Presenças - Participaram da reunião os deputados Célio Moreira (PL), presidente; Djalma Diniz (PSDB), vice-presidente; Adalclever Lopes (PMDB), Laudelino Augusto (PT) e o assessor do diretor-geral do DER, Geraldo Valadão.

 

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