Adiada discussão de projeto que cria taxa de extinção de incêndio

Foi adiada a discussão sobre a criação da Taxa de Serviço Potencial de Extinção de Incêndio na Comissão de Fiscalizaç...

08/10/2003 - 15:58
 

Adiada discussão de projeto que cria taxa de extinção de incêndio

Foi adiada a discussão sobre a criação da Taxa de Serviço Potencial de Extinção de Incêndio na Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária da Assembléia de Minas. O parecer sobre o Projeto de Lei (PL) 1.078/2003, do governador Aécio Neves (PSDB), que cria esse tributo e altera os valores de outras taxas, não foi votado na reunião desta quarta-feira (8/10/2003) porque foi retirado de pauta, a pedido do deputado Sebastião Helvécio (PDT). A comissão decidiu discutir esse e outros projetos que criam e alteram taxas em audiência pública com o secretário de Estado da Fazenda, Fuad Noman. Requerimento com essa finalidade, do deputado Chico Simões (PT), foi aprovado na reunião desta quarta-feira. Também foram aprovados pareceres sobre quatro proposições.

O PL 143/2003, do deputado Carlos Pimenta (PDT), que cria o serviço de disque-denúncia de agressões ao meio ambiente, recebeu parecer pela aprovação. O relator, deputado Jayro Lessa (PL), opinou pela aprovação com as emendas 1 e 2, apresentadas pela Comissão de Constituição e Justiça, e 3 e 4, da Comissão de Meio Ambiente e Recursos Naturais. A emenda 1 suprime artigo que autoriza o Estado a firmar convênio com os municípios para operacionalizar o encaminhamento das denúncias aos órgãos de fiscalização ambiental. Já a emenda 2 elimina a possibilidade de abertura de crédito suplementar para financiamento do programa, já que isso contraria a Constituição Federal. A emenda 3, por sua vez, estipula prazo de um ano, a partir da promulgação da lei, para a estruturação do serviço. E a emenda 4 faz apenas uma correção técnica. O projeto agora está pronto para ser votado pelo Plenário em 1o turno.

Projeto beneficia bombeiros e policiais

Também recebeu parecer favorável o PL 675/2003. De autoria do deputado Leonardo Moreira (PL), o projeto reserva a bombeiros e policiais civis e militares 10% das casas ou apartamentos construídos pelo poder público estadual. O pré-requisito é que os candidatos não sejam proprietários de imóvel residencial ou mutuários do Sistema Financeiro da Habitação. O relator, deputado Mauro Lobo (PSB), recomenda a aprovação na forma do substitutivo no 1, da Comissão de Administração Pública. Esse substitutivo lembra que lei estadual não pode regular a destinação dos recursos da Cohab-MG, já que esta está submetida ao regime jurídico das empresas privadas. Por isso, propõe que o projeto altere a Lei 11.830, que criou o Fundo Estadual de Habitação, de modo a viabilizar o financiamento habitacional para bombeiros e policiais. O projeto também está pronto para o Plenário em 1o turno.

Outro projeto que recebeu parecer pela aprovação é o PL 429/2003, do deputado Sebastião Navarro Vieira (PFL), que permite que os recursos devidos pelo Estado a advogado possam ser compensados no pagamento de custas processuais e do imposto de transmissão causa mortis. Não podem se beneficiar da compensação defensores públicos detentores de certidão com eficácia de título executivo. O relator, deputado Sebastião Helvécio, lembra que o projeto não cria despesa para o Estado, e opinou pela aprovação na forma original. "A compensação será apenas um mecanismo que possibilitará ao Estado realizar o pagamento desses profissionais, sem a necessidade de utilizar receitas que já tenham ingressado nos cofres estaduais", justifica, em seu parecer. O projeto também está pronto para o Plenário, em 1o turno.

Parecer pela rejeição - A comissão rejeitou a emenda 3 ao PL 83/2003, do deputado Alencar da Silveira Jr. (PDT), que concede isenção de ICMS na compra de veículos a serem utilizados como táxis. A emenda 3, apresentada em Plenário pelo deputado Doutor Viana (PFL), estende esse benefício aos ônibus do transporte coletivo urbano, com a intenção de influenciar na redução do preço das passagens. O relator, deputado Ermano Batista (PSDB), opinou pela rejeição da emenda, já que não existe autorização do Conselho Nacional de Política Fazendária para a concessão de isenção de ICMS na compra de ônibus. Agora, o projeto já pode ir para o Plenário, em 1o turno.

Pedido de vista - O parecer sobre o PL 679/2003 não foi votado por causa de um pedido de vista do deputado Jayro Lessa. De autoria do deputado Leonardo Moreira, o projeto obriga as distribuidoras de combustíveis a colocarem lacres eletrônicos nos tanques dos postos de combustíveis. O parecer, do deputado Chico Simões, é pela aprovação do projeto em sua forma original. Já o PL 712/2003, também do deputado Leonardo Moreira, não foi votado porque o relator, deputado José Henrique (PMDB), pediu prazo regimental para elaborar seu parecer. O projeto reduz de dez para cinco anos o prazo das concessões do transporte coletivo intermunicipal.

Requerimentos - Além do pedido de audiência pública do deputado Chico Simões, foram aprovados dois requerimentos da deputada Marília Campos (PT). Um pede a realização de audiência pública para discutir o PL 8/2003, que trata das Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscips). O outro requerimento pede que a comissão emita parecer sobre o relatório de gestão fiscal dos poderes do Estado. Foi rejeitado requerimento da mesma deputada, que pedia audiência pública, com participação popular e com a presença de autoridades, para apresentação do relatório de gestão fiscal do Poder Executivo.

Presenças - Estiveram presentes os deputados Ermano Batista (PSDB), presidente; Jayro Lessa (PL), vice; Chico Simões (PT); José Henrique (PMDB); Mauro Lobo (PSB); Sebastião Helvécio (PDT); Leonardo Moreira (PL); e Marília Campos (PT).

 

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