Presidente da Assembléia nega greve branca de
deputados
O presidente da Assembléia Legislativa, deputado
Mauri Torres (PSDB), disse, nesta terça-feira (7/10/2003), que não
está ocorrendo uma "greve branca" por parte de deputados na votação
de projetos em Plenário. Em entrevista à imprensa, após a reunião de
Plenário, à tarde, respondeu dessa forma ao questionamento sobre a
demora na votação de projetos. Segundo ele, o que existe é o
descontentamento de alguns parlamentares, em questões pontuais, mas
que a disposição da Assembléia é de chegar a um consenso para votar
o quanto antes os projetos da pauta. Tanto que, para isso,
ressaltou, convocou reunião à noite, às 20 horas, para já tentar
votar algumas matérias, segundo o presidente.
Respondendo a pergunta sobre a existência de
condições para aprovar as novas taxas criadas pelo Governo Estadual,
Mauri Torres afirmou que, muitas vezes, medidas "amargas" precisam
ser tomadas para viabilizar o Estado e o País. "O Parlamento vai
votar aquilo que é de interesse da sociedade. Naturalmente, há
matérias que não agradam aos parlamentares, que são difíceis de
votar, mas teremos que buscar o consenso", completou.
Sobre a possibilidade de bloqueio de bens de
parlamentares da legislatura passada, em virtude da ação movida pelo
advogado Edgar Amorim contra altos salários, Mauri Torres declarou
que não cabe a ele comentar uma questão que está sob julgamento do
Judiciário. De acordo com ele, cabe à Justiça julgar as matérias.
"Quero deixar claro que qualquer informação solicitada à Casa será
fornecida na íntegra, com a maior transparência".
Em relação ao Projeto de Lei 150/2003, que altera
critérios de distribuição da renda líquida da Loteria do Estado, o
presidente afirmou que esta proposta já se encontra pronta análise e
votação do Pleanário, em 1º turno, sendo que foi apresentado um
substitutivo pelo deputado Sebastião Helvécio (PDT). O presidente
acrescentou que, antes da votação, iria conversar com o relator e
outros deputados envolvidos na discussão do projeto.
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