Sind-Saúde critica projeto das Oscips; parecer ficou para quinta (9)

O debate sobre o Projeto de Lei (PL) 8/2003, que dispõe sobre as Oscips (Organizações da Sociedade Civil de Interesse...

07/10/2003 - 16:36
 

Sind-Saúde critica projeto das Oscips; parecer ficou para quinta (9)

O debate sobre o Projeto de Lei (PL) 8/2003, que dispõe sobre as Oscips (Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público), monopolizou a reunião desta terça-feira (7/10/2003) da Comissão do Trabalho, da Previdência e da Ação Social. Os deputados ouviram Renato Barros, do Sind-Saúde, entidade que representa os trabalhadores do setor. Ele criticou o projeto e reivindicou seu arquivamento até que o Legislativo discuta em profundidade os rumos do terceiro setor. Já a vice-presidente da comissão, deputada Marília Campos (PT), relatora da matéria, colocou-se à disposição do funcionalismo para receber sugestões de aprimoramento. Seu parecer sobre o projeto será dado na próxima reunião, marcada para esta quinta-feira (9), às 14h30, no Plenarinho I.

De autoria do deputado Leonardo Quintão (PMDB), o projeto tramita em regime de urgência, a requerimento do deputado Ivair Nogueira (PMDB), e ainda tem que ser analisado pela Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária, antes de ser discutido e votado pelo Plenário em 1º turno. A proposição, que deverá ser discutida em audiência pública nessa comissão, trata da qualificação de pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, como Oscips. Disciplina, ainda, termos de parceria a serem firmados entre essas organizações e o Estado, para prestação de serviços em áreas como saúde e educação. Alvo de polêmica durante sua tramitação, o projeto já foi discutido em audiência da Comissão de Administração Pública, que apresentou o substitutivo nº 2 à matéria.

Sind-Saúde critica projeto; deputados ressaltam necessidade de alterações

O Sind-Saúde defendeu que sejam retirados do texto os dispositivos referentes ao setor saúde, além de reivindicar a retirada de tramitação do projeto. Renato Barros fez, ainda, várias críticas a iniciativas do governo Aécio Neves que classificou como terceirização e privatização com foco na saúde e entrega do patrimônio, dos bens públicos e dos recursos humanos, sem licitação. O sindicalista cobrou dos deputados novos debates sobre o projeto e informou que o setor estará mobilizado no Parlamento. Em ofício encaminhado à comissão, a entidade afirma que há indícios de que unidades da Fhemig (Fundação Hospitalar de Minas Gerais) seriam transformadas em Oscips. Renato Barros apresentou, ainda, um documento em que o Sind-Saúde faz várias críticas ao projeto.

A relatora da matéria, deputada Marília Campos, esclareceu que a retirada de tramitação só pode ocorrer a requerimento do autor. Mas adiantou que pretende apresentar sugestões de alterações, enfatizando que o texto mistura Oscips com organizações sociais. O deputado André Quintão (PT) reforçou as palavras da parlamentar, destacando que os deputados contrários ao projeto podem adotar duas posturas: simplesmente votar contra em Plenário, o que seria cruzar os braços; ou sentar à mesa das negociações e procurar apresentar emendas - como ocorreu durante a tramitação dos projetos da reforma administrativa do governo estadual, votados no primeiro semestre.

 

 

 

 

 

 

 

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