Parecer sobre projeto das PPPs deve ser votado nesta terça (7)

Ficou para esta terça-feira (7/10/2003) a votação do parecer sobre o Projeto de Lei (PL) 889/2003, que regulamenta as...

06/10/2003 - 19:56
 

Parecer sobre projeto das PPPs deve ser votado nesta terça (7)

Ficou para esta terça-feira (7/10/2003) a votação do parecer sobre o Projeto de Lei (PL) 889/2003, que regulamenta as parcerias público-privadas (PPPs). Na reunião da Comissão de Transporte, Comunicação e Obras Públicas da Assembléia de Minas desta segunda-feira (6), o parecer favorável à proposição não foi votado por causa de um pedido de vista apresentado pela deputada Marília Campos (PT). "Esse projeto é muito importante, por isso, acho que seria bom ter acesso ao parecer para aprofundar o debate", justificou a deputada. As novas reuniões para discutir o projeto foram convocadas, nesta terça-feira, às 10 horas e às 14h30.

De autoria do governador Aécio Neves (PSDB), o PL 889/2003 institui o Programa de Parcerias Público-Privadas (PPPs), que se destina a "disciplinar a atuação de agentes do setor privado como coadjuvantes, na implementação das políticas públicas voltadas ao desenvolvimento do Estado e ao bem-estar coletivo, na condição de encarregados de serviços, atividades, infra-estruturas, estabelecimentos ou empreendimentos de interesse público".

O relator, deputado Célio Moreira (PL), ressalvou que o projeto tramita em regime de urgência, mas, mesmo assim, concedeu o pedido de vista para a colega petista. Em seu parecer, Célio Moreira lembra que as PPPs podem reduzir os custos das obras públicas e acabar com o superfaturamento decorrente do atraso de pagamentos, uma vez que os projetos só serão iniciados quando tiverem todos os recursos necessários para sua conclusão. O relator ressalta que as PPPs poderiam contribuir para a recuperação e ampliação de 2.500 km de rodovias estaduais e federais que servem as principais cidades do Estado.

Emendas trazem novidades

Na Comissão de Transporte, o projeto recebeu duas emendas: uma do relator e outra do deputado Gil Pereira (PP). A emenda nº 1, do relator, objetiva retirar do projeto a previsão do responsável pelo licenciamento ambiental, quando este for necessário para a realização de obra. Já a emenda nº 2, do deputado Gil Pereira, "torna possível ao contratado compensar o valor do débito de responsabilidade do Estado, no caso de inadimplemento da obrigação pecuniária de sua responsabilidade, com o valor oriundo de ganhos econômicos decorrentes da modernização, expansão ou racionalização da atividade desenvolvida pelo contratado ou da repactuação das condições de financiamento, a ser compartilhado com o contratante, no caso, o Estado", conforme o parecer.

De acordo com o projeto, a PPP poderá ter por objeto, isolada ou conjuntamente: implantação, ampliação, melhoramento, manutenção ou gestão de infra-estrutura estatal (instalações de uso público em geral, vias públicas e terminais estaduais, instalações e equipamentos de suporte a outras atividades de natureza pública, como segurança, sistema penitenciário, defesa e justiça); implantação ou gestão de empreendimento público; prestação de serviços públicos; exploração de bem público e exploração de direitos de natureza imaterial de titularidade do Estado. Tanto atividades-fim como atividades-meio poderão ser objeto da PPP.

Na Comissão de Constituição e Justiça, o projete recebeu o substitutivo no 1, que, entre outras alterações, abre a possibilidade de incluir investimentos da iniciativa privada em pesquisa científica nas PPPs. O projeto ainda tem que passar pelas comissões de Administração Pública e de Fiscalização Financeira e Orçamentária, antes de ser votado em 1o turno no Plenário.

Presenças - Participaram da reunião os deputados Célio Moreira (PL), presidente; Djalma Diniz (PSDB), vice; Gil Pereira (PP); Marília Campos (PT); e Alberto Pinto Coelho (PP).

 

 

 

 

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