Comissão da Cafeicultura vai debater crédito e
pesquisa
Está marcada para a próxima quinta-feira
(9/10/2003) no Plenarinho III, a partir das 9h30, uma reunião da
Comissão Especial da Cafeicultura mineira, para debater os
mecanismos de financiamento da agronegócio do café, a distribuição
do produto e as novidades tecnológicas e de pesquisa sobre o
produto. Especialistas que compareceram em reuniões anteriores
revelam que o Brasil tem, no exterior, a imagem de produtor antigo
que produz grandes volumes, e que nosso café recebe cotações
inferiores por ser considerado de baixa tecnologia e baixa
qualidade.
Foram convidados o presidente do BDMG, Romeu
Scarioli; o diretor do Conselho Nacional do Café, Manoel Vicente
Bertoni; o superintendente do Banco do Brasil em Minas, Milton
Luciano dos Santos; o superintendente regional da Conab, Fernando de
Castro Santos; o presidente da Fapemig, José Geraldo Drumond; o
presidente da Epamig, Baldonedo Arthur Napoleão; o presidente do
Sindicato das Indústrias de Café de Minas Gerais, Almir Filho; e o
presidente da Crediminas, Heli de Oliveira Penido.
O Brasil é o maior produtor mundial de café, com
32% da oferta mundial. A Colômbia vem em segundo lugar, com 11%.
Como Minas Gerais responde por mais de metade da produção nacional,
se fosse um país, seria o maior produtor mundial. No entanto, essa
liderança não se traduz em riqueza. Os preços internacionais do
café, que já foram de US$ 170 a saca, caíram progressivamente e nos
últimos anos estão em US$ 52. O consumo mundial vem caindo e o
Brasil vem perdendo mercado para os cafés especiais de outros
produtores. O declínio afeta particularmente os 4 milhões de
mineiros que vivem da atividade, e o agronegócio do café, que
corresponde a 73% do agronegócio mineiro.
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