Irregularidades do metrô apontadas pelo TCU são tema de reunião

As irregularidades na execução orçamentária e no próprio processo de licitação das obras do metrô de Belo Horizonte, ...

07/10/2003 - 11:40
 

Irregularidades do metrô apontadas pelo TCU são tema de reunião

As irregularidades na execução orçamentária e no próprio processo de licitação das obras do metrô de Belo Horizonte, apontadas em relatório do Tribunal de Contas da União (TCU), estarão em debate na Comissão Especial da Expansão do Metrô, nesta quarta-feira (8/10/2003), às 14h30, no Plenarinho IV. As denúncias foram veiculadas pelo jornal Estado de Minas do dia 14 de setembro. Serão convidados o presidente do Tribunal de Contas da União, ministro Valmir Campelo; o presidente da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), João Luiz da Silva Dias, e o ex-presidente, Luiz Otávio Mota Valadares, além do vereador Totó Teixeira. O requerimento da reunião foi o presidente da comissão, deputado Célio Moreira (PL).

Moreira pretende fazer uma acareação entre Silva Dias e Valadares. "Um afirma que encontrou irregularidades, o outro que deixou tudo em ordem. Queremos tudo bem esclarecido, para que não sirva de pretexto para interrupção das obras do metrô, com graves prejuízos para a cidade, para os usuários e para as famílias desapropriadas. Essa novela já dura 22 anos", disse o deputado.

Contratação ilegal - Segundo a reportagem do jornal Estado de Minas, o metrô foi contemplado pela lei orçamentária federal com R$ 63,8 milhões em 2003, mas a verba foi cortada pelo Congresso, após emissão de relatório do TCU. Em julho de 2002, a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) abriu licitação para contratação de terceirizados por R$ 6,5 milhões, correspondentes a 20% dos recursos do Orçamento federal de 2004 para investimentos na implantação do metrô. Segundo analistas do TCU, a licitação foi usada para contratação ilegal de pessoal, sem concurso público, em detrimento de investimentos em sinalização, novos trens e integração com linhas de ônibus.

Ainda de acordo com o divulgado pela reportagem, o TCU também apontou irregularidades em um contrato destinado a incrementar a capacidade do metrô, firmado em 2002, por R$ 16 milhões, com a Diedro Construções e Serviços Ltda. Nesse contrato, a CBTU teria dado concessão de 30 anos a um centro comercial a ser implantado no Terminal de Integração Vilarinho, o que teria prejudicado a concorrência, além de ter fixado intervalo de menos de 30 dias entre a publicação do edital e a abertura de propostas. A vencedora Diedro teria oferecido um depósito-caução de R$ 1,6 milhão, a título de garantia de entrega da obra. No contrato, porém, o depósito foi reduzido para R$ 160 mil.

Cópia - Na última reunião, no dia 1º de outubro, a deputada Marília Campos (PT) apresentou requerimento, aprovado, solicitando ao TCU cópia da sua análise.

 

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