Presidente e subsecretário destacam importância das audiências

Tornar públicos os projetos do governo para os próximos anos e explicar como serão feitos os investimentos do Estado,...

01/10/2003 - 20:59
 

Presidente e subsecretário destacam importância das audiências

Tornar públicos os projetos do governo para os próximos anos e explicar como serão feitos os investimentos do Estado, em todas as regiões de Minas Gerais. Este é o principal objetivo das audiências públicas que começam a ser realizadas na Assembléia, na quinta-feira (2/10/2003), por meio da Comissão de Participação Popular, e que foram explicadas, durante entrevista coletiva realizada nesta quarta-feira (1º/10/2003), pelo presidente da Assembléia, deputado Mauri Torres (PSDB), o subsecretário de Estado de Planejamento e Gestão, Tadeu Barros Guimarães e o deputado André Quintão (PT), presidente da Comissão.

Juntamente com o subsecretário, o presidente Mauri Torres falou sobre o pioneirismo desses debates com a sociedade, que têm o objetivo de aprimorar o Plano Plurianual de Ação Governamental (PPAG ) e o Plano Mineiro de Desenvolvimento Integrado (PMDI). Serão quatro audiências na Assembléia, nos dias 2, 9, 16 e 30 deste mês, e uma, dia 24, em Araçuaí, no Vale do Jequitinhonha. "É fundamental que a sociedade participe e entenda como são elaborados os planos de governo e como é gasto o dinheiro público, que vem dos impostos que todos nós pagamos. A Assembléia de Minas, mais uma vez, cumpre seu papel de interlocutora da sociedade, ouvindo quais são os interesses dos diversos segmentos".

Os dois planos, e o projeto do orçamento, foram encaminhados à Assembléia na terça-feira (30) e serão votados até o final do ano. Tadeu Guimarães ressaltou que o PMDI contém o planejamento de longo prazo para o desenvolvimento do Estado, enquanto o PPAG, engloba quatro anos de ação governamental, num planejamento de médio prazo.

Segundo o deputado André Quintão, as audiências vão servir para dar publicidade aos planos do governo e aperfeiçoá-los por meio de apresentação de emendas populares. A cada audiência vão ser debatidos temas divididos em bloco social (saúde, segurança, educação, emprego e habitação), bloco econômico (meio ambiente e industrialização) e bloco administrativo (modernização do Estado e gestão pública). O deputado também ressaltou a inovação das audiências, com a possibilidade de apresentação das emendas ao Orçamento, por sugestão da população.

Discussão vai considerar o orçamento real

O presidente Mauri Torres ressaltou que as discussões sobre o PPAG e PMDI vão considerar as dificuldades do Estado. "Vamos trabalhar com a perspectiva do orçamento real. Vamos informar à população sobre o déficit previsto de R$ 1,4 bilhão no orçamento e que as obras vão depender de como vão se comportar as receitas". Ele enfatizou que a Assembléia não vai trabalhar com recursos fictícios, deixando claro aos participantes das audiências que toda emenda terá de ter o recurso identificado no orçamento. O presidente informou que haverá um bom espaço de remanejamento de projetos dentro da verba de contingência que, segundo o subsecretário Tadeu Guimarães, representa "cerca de R$ 180 milhões que poderão ser remanejados".

O deputado André Quintão ressaltou uma inovação na discussão dos projetos: o mecanismo de revisão do PPAG. O plano será revisto a cada ano, em junho, por meio de projeto de lei encaminhado à Assembléia, após avaliação de índices e dos impactos em conformidade com a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Também o projeto do Orçamento traz a novidade de poder ter recursos remanejados por emendas apresentadas pela sociedade civil, por meio da Comissão de Participação Popular da Assembléia Legislativa.

Projetos estruturadores

O PPAG é composto por 30 projetos estruturadores, considerados prioritários pelo governo mineiro, no recebimento de recursos. Fora estes, há mais 300 projetos no planejamento de longo prazo. Dos 30 projetos estruturadores, cinco terão recursos garantidos do Banco Mundial e Banco Interamericano, segundo Tadeu Guimarães, num valor total de U$ 120 milhões. São eles: o plano de ligação asfáltica de 224 municípios mineiros; o combate à pobreza rural; a modernização da gestão pública; o projeto de energia para o Noroeste do Estado, com ênfase para a irrigação; e o empréstimo de ajuste para infra-estrutura.

Na opinião de André Quintão, todos os projetos são importantes, com destaque para os projetos de regionalização da saúde, de universalização do ensino médio, o Minas sem Fome (segurança alimentar), o Lares Gerais ( habitação), o de eletrificação rural, a segunda fase do Projeto Jaíba e os centros públicos de promoção do trabalho.

 

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