Revitalização do São Francisco será debatida no dia
21
O projeto de transposição das águas do rio São
Francisco para perenizar os rios do Nordeste será precedido de
investimentos na revitalização do rio para garantir o volume e a
qualidade de suas águas. Caso contrário, alertam os ecologistas, no
futuro um rio morto chegará à estação de transposição, e restará
apenas um leito seco para os estados de Alagoas e Sergipe. Assim
sendo, a revitalização prévia é tema que interessa a todos os
estados da bacia, principalmente Minas, onde o rio nasce e forma a
maior parte do seu volume d'água.
As mais diversas entidades têm idéias próprias
sobre a preservação do São Francisco e sobre o melhor uso para suas
águas. Ecologistas, usuários, irrigantes, indústrias, pescadores e
barranqueiros têm posições quase sempre conflitantes. Para buscar
procurar uma convergência entre as idéias do que seria a
revitalização desse grande rio, a Assembléia Legislativa está
organizando um ciclo de debates, a ser realizado no próximo dia 21
de outubro.
O coordenador do evento será o deputado Wanderley
Ávila (PPS), que se reuniu na manhã desta quarta-feira (01/10/03) na
Sala do Conselho com representantes de diversas entidades que atuam
na bacia do São Francisco, como a Emater, a Ruralminas, a Feam, a
Cemig, o Igam, a Fiemg, o Crea-MG, o Projeto Manuelzão, a Cibapar e
o Comitê da Bacia do Paraopeba, para formatar o ciclo de debates. A
maior parte dos representantes dos comitês de bacias estão reunidos
em Penedo (AL), e não puderam comparecer aos trabalhos
preparatórios.
Já está definida a participação do vice-presidente
da República, José Alencar, como expositor; do secretário de Meio
Ambiente, José Carlos Carvalho, e de representantes da Faemg, Fiemg,
Copasa e Cemig como debatedores. Por unanimidade os participantes
elegeram o professor Apolo Heringer Lisboa, coordenador do Projeto
Manuelzão, como debatedor representante da sociedade civil. Haverá
também um representante do Fórum Mineiro dos Comitês de Bacia
Hidrográfica.
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