Amigas da Cultura recebem homenagem por seus 50 anos

"A Sociedade Amigas da Cultura faz parte não só da vida como da memória afetiva de Belo Horizonte", afirmou o deputad...

23/09/2003 - 16:08
 

Amigas da Cultura recebem homenagem por seus 50 anos

"A Sociedade Amigas da Cultura faz parte não só da vida como da memória afetiva de Belo Horizonte", afirmou o deputado Dalmo Ribeiro Silva (PSDB), que representou o presidente da Assembléia Legislativa de Minas Gerais, deputado Mauri Torres (PSDB) na Reunião Especial que homenageou os 50 anos da Sociedade, nesta segunda-feira (22/9/2003). Em seu discurso, o deputado enfatizou que a arte e a cultura são a alma e o espírito de um povo, e destacou ainda a promoção de cursos, peças teatrais e exposições, além da coleção de arte sacra reunida pelas Amigas da Cultura e cedida em comodato ao Museu Mineiro. "Esta talvez seja a maior prova do espírito público destas mulheres, dispostas a dividir com o mundo a posse de seu tesouro", disse.

O espírito de desprendimento das Amigas da Cultura foi ressaltado também no discurso da deputada Maria Olívia (PSDB), autora do requerimento para a realização da reunião. Ela citou que a presidente e fundadora da sociedade, Anita Uxa, percebendo o acervo limitado do Museu Casa Guignard, de Ouro Preto, doou seu próprio retrato pintado pelo artista. Para a deputada, há 50 anos a sociedade vem presenteando Minas Gerais com seu dinamismo, sua persistência e a devoção com que traduzem sua relação espiritual com a arte.

"A cultura sempre foi levada a sério por essas mulheres que debateram o nascente estruturalismo, nos anos 70, e a disciplina do amor, com Lygia Fagundes Telles, nos anos 80. O barroco e o modernismo de Minas foram discutidos, assim como a psicanálise e a interpretação dos sonhos. Por outro lado, jovens mineiros talentosos não eram esquecidos, recebendo prêmios e bolsas de incentivo para que pudessem desenvolver sua criatividade", mencionou a deputada.

Em seu discurso, Anita Uxa, afirmou que a cultura sempre será a barreira de defesa contra a barbárie e a violência. "Por isso, o nome Amigas da Cultura nunca foi mudado e nunca perdeu seu sentido", acrescentou. A homenageada lembrou a contribuição da Assembléia, em 1967, para a aquisição da sede própria para as reuniões da diretoria da sociedade, hoje entidade de utilidade pública.

Anita Uxa recebeu das mãos dos deputados Dalmo Ribeiro Silva e Maria Olívia uma placa alusiva à homenagem com os seguintes dizeres: "Em 1953 surgia em Belo Horizonte um pequeno grupo de mulheres interessadas em promover atividades artísticas e culturais. Graças ao dinamismo, à determinação e ao pioneirismo de suas integrantes, esse grupo cresceu e se formalizou, constituindo uma sociedade que, desde então, vem desempenhando importante papel no panorama cultural mineiro. A homenagem do Legislativo Estadual à Sociedade Amigas da Cultura pelos seus 50 anos de fundação."

A presidente do Conselho da Sociedade Amigas da Cultura, Letícia Nelson Senna, ofereceu flores à deputada Maria Olívia, em agradecimento pela homenagem. A Banda da Polícia Militar, sob a regência do Capitão Roberto de Matos, interpretou as músicas "Esperança" e "Ibiza".

Em homenagem à dona Risoleta Neves, falecida neste domingo (21), foi feito um minuto de silêncio, durante a Reunião Especial.

Presenças - Compuseram a mesa durante a solenidade, além dos citados acima, a ex-diretora e atual conselheira da Sociedade Amigas da Cultura, Mariza Campos Gomes da Silva; o procurador do Estado, José Maria Couto Moreira; o secretário de Estado Adjunto de Cultura, José Oswaldo Lasmar; o presidente da Academia Mineira de Letras, Murilo Badaró; e o assessor especial do governador Aécio Neves, professor Aluísio Pimenta.

 

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