Dificuldades do setor de pesquisa em Minas motivam reunião

O desenvolvimento da pesquisa científica e tecnológica no Estado é o tema da reunião desta quarta-feira (24/9/2003) d...

24/09/2003 - 11:59
 

Dificuldades do setor de pesquisa em Minas motivam reunião

O desenvolvimento da pesquisa científica e tecnológica no Estado é o tema da reunião desta quarta-feira (24/9/2003) da Comissão de Educação, Cultura, Ciência e Tecnologia da Assembléia Legislativa. Ela terá início às 9h30, no Auditório. O secretário de Estado da Ciência e Tecnologia, deputado estadual Bilac Pinto (PL), é um dos convidados ao evento. No final de 2002, representantes da Fundação de Amparo à Pesquisa (Fapemig) criticaram a falta de repasses constitucionais para a autarquia. Esse fato provocou o rebaixamento do Estado do 3º para o 4º lugar no ranking de unidades de grupos de pesquisa. Segundo a Fapemig, os orçamentos anuais vêm aumentando, mas os recursos, além de não acompanharem os aumentos, são inferiores aos exigidos pela Constituição.

Outros convidados - Além do secretário Bilac Pinto, foram convidados à reunião o reitor da Universidade Federal de Viçosa, Evaldo Ferreira Vilela; a pró-reitora de Pós-Graduação da UFMG, Maria Sueli de Oliveira Pires; o presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa (Fapemig), José Geraldo de Freitas Drumond; o presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Ênio Candotti; e o presidente da Associação Nacional dos Pós-Graduados (ANP), Luciano Rezende Moreira.

Orçamento não é cumprido; comissão já pediu providências ao Ministério Público

Em 1989, quando foi promulgada a Constituição Mineira, ficaram assegurados à área de pesquisa 3% do orçamento do Estado para a manutenção de um órgão que cuidasse da pesquisa científica - o que nunca foi cumprido. Em 1995, esse percentual foi reduzido para 1% por uma Emenda à Constituição, mas nem mesmo esse índice foi destinado ao setor. Com isso, os projetos dos bolsistas da Fapemig ficaram comprometidos, bem como o fomento a novas pesquisas e, conseqüentemente, o desenvolvimento científico e tecnológico do Estado.

Para obrigar o Executivo a cumprir o artigo 212 da Constituição, a Comissão de Educação da Assembléia de Minas enviou, em maio de 2002, uma representação ao Ministério Público (MP), a fim de que fossem tomadas as medidas cabíveis contra o Estado. No documento enviado ao MP, a comissão destacou que, nos 15 anos de existência da Fapemig, o Estado acumulou uma dívida com o órgão de R$ 583 milhões, em função dos sucessivos descumprimentos dos repasses previstos na Constituição.

 

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