|
Deputados vão discutir Projeto Jequitaí, em Pirapora
Para discutir a implantação do Projeto Jequitaí, no
Norte de Minas, a Comissão de Meio Ambiente e Recursos Naturais da
Assembléia Legislativa realiza, nesta segunda-feira (15/9/2003),
reunião extraordinária em Pirapora. A reunião acontece no Salão
Paroquial da Igreja São Sebastião (Praça Coronel Ramos, 113), às 10
horas, a pedido da deputada Ana Maria Resende (PSDB). O projeto
prevê a geração de energia e irrigação em Pirapora, Várzea da Palma,
Claro dos Poções, Francisco Dumont, Engenheiro Navarro e Lagoa dos
Patos.
O projeto é parte do Programa de Revitalização do
São Francisco, já que o Jequitaí é afluente da margem direita do
rio. Trata-se de uma iniciativa da Companhia de Desenvolvimento do
Vale do São Francisco (Codevasf), que já tem estudo técnico pronto
para a construção de duas barragens e de área de irrigação.
Estão confirmadas as presenças dos deputados Fábio
Avelar (PTB), Djalma Diniz (PSDB), Doutor Ronaldo (PDT), Wanderley
Ávila (PPS), além dos dois citados; dos deputados federais Atos
Avelino (PPS), Cleuber Carneiro (PFL) e Fernando Diniz (PMDB); do
presidente da Ruralminas, Eduardo Brandão, que também vai
representar o secretário da Agricultura; do presidente da Fundação
Estadual do Meio Ambiente (Feam), Ilmar Bastos Santos, que também
representa o secretário do Meio Ambiente; do superintendente
regional da Codevasf, Anderson de Vasconcelos Chaves; de Paulo
Mendonça, da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, entre
outros.
Uso do Jequitaí previsto há mais de 10 anos
A idéia de aproveitar as águas do Jequitaí tem mais
de 10 anos, com a Codevasf tendo encomendado estudo técnico em 1992.
O projeto prevê a construção de duas barragens, chamadas Jequitaí I
e II, que terão a função de regular e controlar as vazões do rio,
além de elevar o nível da água até as cotas adequadas para
irrigação, conforme informações da Codevasf, que faz parte da
estrutura do Ministério da Integração. A área irrigada deve ser de
35 mil hectares. Do total, cerca de 19 mil hectares serão ocupados
por pequenos irrigantes e cerca de 7 mil por empresários. As
barragens servirão para abastecer o projeto de irrigação.
A geração de energia também será um produto do
Projeto Jequitaí, com um potencial instalado previsto de 20
megawats. Os municípios a serem atingidos estão dentro da Área
Mineira da Sudene. Pelo projeto, há previsão de se explorarem
culturas de uva, manga, banana, algodão, abacaxi, melão. A previsão
de gastos totais para todo o projeto é de U$ 246 milhões, valor que
está sendo revisto, de acordo com técnicos da Codevasf.
Para a deputada Ana Maria Resende, o Projeto
Jequitaí precisa sair do papel, porque permitirá a criação de um
pólo de agronegócios, com a geração de cerca de 90 mil empregos
diretos e indiretos. O deputado Carlos Pimenta (PDT) ressaltou a
importância do projeto, no contexto da revitalização do Rio São
Francisco.
|
